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O caso envolvendo uma possível armação entre o Ipitanga e a Catuense para prejudicar o Camaçari na Segunda Divisão do Baianão 2013 ganhou um importante capítulo nesta terça-feira (5). Um jogador do time de Lauro de Freitas testemunhou a favor do Azulino no Tribunal de Justiça Desportiva da Bahia (TJD-BA).

O Ipitanga é acusado de ter levado apenas dez jogadores para a partida, que terminou em 4 a 0 para o Camaçari. O clube vencedor precisava de mais um gol para chegar às semifinais do Baianão, mas os atletas da equipe de Renato Braz começaram a cair no gramado e o árbitro foi obrigado a encerrar o confronto. O resultado beneficiou a Catuense, que se classificou e posteriormente conquistou o acesso à 1ª Divisão do baianão 2014.

Nesta quarta-feira (6), em entrevista à Equipe dos Galáticos, o presidente do Camaça, Fernando Lopes, comentou sobre o depoimento do jogador do Ipitanga. “Foi ouvida ontem a testemunha do Camaçari. Foi importante, acho que serviu para esclarecer muitas coisas. Tanto que o relator do Tribunal dispensou, por enquanto, nossas outras testemunhas. Essa nossa testemunha preencheu tudo que ele queria saber. A nossa testemunha foi um atleta que disputou o Campeonato pelo Ipitanga. Ele não concordou com a proposta feita a eles para o Camaçari não avançar na competição. Um dirigente da Catuense ligou para ele, que não aceitou e não jogou por isso. Ele deu ao Tribunal o nome do dirigente que fez a proposta”, disse.

O dirigente ratificou sua indignação com o ocorrido. “Com dois minutos de jogo, o filho do Renato Braz, que jogava no Ipitanga desceu para o vestiário, sem dar satisfações ao juiz e não voltou mais. Nunca vi em mais de dez anos de futebol profissional um jogador se machucar sozinho, andando no campo. Coisas como essa não podem mais acontecer no futebol da Bahia. É para isso que existem regra três, Delegado da Partida entre outros profissionais”.

Lopes ainda revelou que suspeita do médico que atendeu um dos atletas do Tucano. “Eles colocaram diversos profissionais na súmula e não levaram para o campo. Todos os jogadores que se contundiam eram atendidos pelo Lourenço, nosso massagista, e nosso médico. Curiosamente, no caso do último jogador a cair, apareceu um médico e o atendeu dizendo que não teria mais condições de jogar. Foi aí que o árbitro teve que encerrar o jogo. Fui investigar depois e descobri que esse médico trabalhou em dez jogos da competição pela Catuense”.

Por fim, Fernando mostrou confiança na decisão do TJD-BA e no retorno do Camaçari à elite do futebol baiano. “Não tenho a menor dúvida, pela neutralidade e a competência que o Tribunal está apurando. Está tudo muito claro e esperamos ter êxito nesse julgamento. É uma turma nova que asusmiu o Tribunal e, pela importância do caso, colocou logo para ser julgado. É um processo que já estava lá há tempos e já estava perto de ser arquivado, um assunto tão importante como esse. O que não pode ocorrer é ingerência. Nós confiamos nesse Tribunal”.

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