Tribuna da Bahia

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Não houve acordo entre os advogados do Camaçari e o Diretor Jurídico da Federação Bahiana de Futebol na audiência realizada ontem, pela manhã, na 25ª Vara Cível de Salvador, no Fórum Ruy Barbosa. O clube do Polo Petroquímico processou a FBF arguindo “erro administrativo” na disputa do Campeonato Baiano de 2012 – não puniu, tirou os pontos do Juazeiro pela escalação do zagueiro Jarbas, suspenso pela 3ª advertência do cartão amarelo – que culminou com o rebaixamento do clube para a 2ª Divisão deste ano.

A pretensão do Camaçari no processo contra a FBF, através dos advogados Matheus Farias Santos e Josinel de Oliveira dos Santos não poderá ser mais atendida pela justiça, que era a sua manutenção na 1ª Divisão do Campeonato Baiano de 2013, que já foi disputado e ganho pelo Vitória. Por isso, não houve acordo na audiência de conciliação de ontem pela manhã no Fórum Ruy Barbosa, e agora cabe ao Juiz da 25ª Vara Cível, Manuel Carneiro Bahia de Araújo, dar a sentença do processo movido pelo clube do Polo Petroquímico.

Representada pelo seu vice-presidente e diretor jurídico, a Federação Bahiana de Futebol, o advogado Manfredo Lessa, disse na audiência que não tinha nenhuma proposta a apresentar. Como não existem mais provas a apresentar, testemunha a ouvir, cabe agora ao Camaçari aguardar a sentença do Juiz Manuel Carneiro Bahia de Araújo. Como a validade do Campeonato Baiano de 2012, ganho pelo Bahia, não foi questionada no processo, e o Camaçari não pode mais disputar a 1ª Divisão de 2013, que foi ganha pelo Vitória, cabe apenas uma ação indenizatória contra a Federação, caso o clube ganhe o processo movido na Justiça Comum.

“Vamos aguardar a decisão do juiz, mas o Camaçari luta pela indenização de tudo aquilo que deixou de ganhar ao ser alijado da 1ª Divisão deste ano. Não podemos falar em valores, mas é um longo cálculo a ser feito”, disse o advogado do Camaçari à reportagem da Tribuna, Matheus Farias Santos, numa indenização que pode ser milionária e inédita no futebol da Bahia.

Em 2012, o Camaçari entrou com um recurso no TJD – Tribunal de Justiça Desportiva da FBF, alegando, através de cópias das súmulas, que o Juazeiro jogou uma partida irregular, com a escalação do zagueiro Jarbas, que estaria suspenso por três advertências do cartão amarelo. Na época, o Tribunal não acatou a denúncia e mandou arquivar o processo, fazendo com que o presidente do Camaçari, Fernando Lopes, recorresse à Justiça Comum.