Globo Esportes

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O sábado será de celebração de um confronto que terá sua primeira vez em uma Copa do Mundo. Brasil e Espanha entram em campo no estádio olímpico de Montreal às 17h (de Brasília) defendendo um estilo, um jogo aberto, leal e limpo. Sim. A isso se propõe o futebol feminino. Menos cartões, mais jogadas. Menos violência, mais emoção. O depoimento dessa diferença entre homens e mulheres no gramado vem do técnico Vadão, que por anos trabalhou “do outro lado”.

– Eu que vim do futebol masculino e estou há um ano na seleção feminina me surpreendi demais com as equipes do mundo todo em termos de organização tática. As mulheres se diferenciam dos homens. Elas têm uma dedicação no plano tático muito grande. O jogador no masculino pela qualidade e o talento tenta resolver no improviso. O brasileiro sempre foi muito desligado do plano tático.

Na primeira rodada do Grupo E, as estatísticas deixaram clara a proposta. Em Brasil x Coreia do Sul, foram somente nove faltas do time de Vadão e três das adversárias, uma dessas infrações punida com cartão amarelo. As espanholas cometeram 13 faltas contra a Costa Rica (que fez 15) – um cartão amarelo também. Esse estilo sem obstáculos e aberto vem da análise de quem tem 20 anos de seleção brasileira. Segundo Formiga, destaque na estreia, houve uma evolução. As mulheres estão mais rápidas.

– Houve evolução muito grande. A maneira que as seleções se prepararam. Isso só tem a beneficiar a modalidade. A mídia dá espaço e a tendência é crescer. O futebol ficou mais rápido. Você não vê a lentidão de antigamente. Acho que mais seis ou sete anos para melhorar ainda mais.

Para o jogo, o técnico Ignacio Quereda quer que suas jogadoras não percam tantas oportunidades como fizeram diante da Costa Rica. Pelo lado brasileiro, a preocupação é garantir uma boa saída das situações de pressão das adversárias. A provável equipe do Brasil terá: Luciana; Fabiana, Mônica, Rafaelle, Tamires; Thaisa, Andressinha, Formiga; Marta, Cristiane e Andressa Alves.