Globo Esportes

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Cinco de setembro de 2014. O Brasil havia acabado de ser goleado por Alemanha (7 a 1) e Holanda (3 a 0) na reta final da Copa do Mundo. As cobranças eram por renovação. E o técnico escolhido para assumir tal responsabilidade era um velho conhecido: o tetracampeão Dunga. Agora, um ano depois do primeiro compromisso diante da Colômbia (1 a 0, em Miami), o treinador volta aos Estados Unidos para enfrentar a Costa Rica, neste sábado, às 17h (de Brasília), na Arena de Nova Jersey, em um outro patamar, mas com a mesma cobrança. A de recuperar a autoestima e o bom futebol do time canarinho, recém-saído de um novo fracasso. Desta vez na Copa América do Chile.

Em sua segunda passagem pela Seleção, Dunga disputou 14 partidas até aqui. Foram 12 vitórias, um empate e apenas uma derrota. Aproveitamento de 88,09%. O tropeço aconteceu para Colômbia (1 a 0), em Santiago, justamente na partida que ocasionou a suspensão de quatro partidas imposta pela Conmebol a Neymar. O camisa 10, inclusive, é o artilheiro sob a batuta do treinador, com nove gols. Mas deverá ficar no banco diante da Costa Rica. O confronto será transmitido ao vivo pela TV Globo, Sportv e GloboEsporte.com. O site acompanha em Tempo Real.

Em sua primeira passagem, Dunga comandou a Seleção em 60 partidas. Foram 42 vitórias, 12 empates e seis derrotas – aproveitamento de 76,6%. O artilheiro na época foi o atacante Luís Fabiano, com 22 gols. Na opinião do treinador, não existem bons e maus momentos, mas sim pontos a se aprender com situação vivida no cargo de treinador da equipe nacional.

– Era o meu primeiro trabalho. Tinha de ganhar, de vencer. Não mudou muito. Tem que continuar vencendo, continuar ganhando. As coisas evoluem muito rápido. Passaram quatro anos, essa segunda passagem tem mais pressão por tudo o que passou recentemente mesmo com o Brasil chegando entre os quatro primeiros da Copa do Mundo. Existe uma pressão e ansiedade de todos. Até da nossa parte. Sabíamos que teríamos que começar bem, com vitórias, ganhando e, aos poucos, dando oportunidade aos outros. A pressão é tão grande que perdemos apenas um jogo e já se tem grandes polêmicas. Parece que não ganhamos nada até agora.

O ano no comando da Seleção em 2015 também é diferente daquele de 2007. Se há oito anos, Dunga chegava aos jogos de setembro como título da Copa América, agora a pressão ainda maior pela eliminação da equipe nas quartas de final do torneio. A necessidade de arrumar o time para as eliminatórias ficou ainda mais latente após a derrota nos pênaltis para o Paraguai. O treinador sai em defesa de seus comandados para a sequência do trabalho.

– Basta um resultado negativo que nada é satisfatório. Temos que trabalhar com isso, estar preparados para enfrentar tal situação. O jogador aqui precisa chegar pronto porque não existe esse tempo de espera. Ele não vai ter cinco ou seis jogos, quase meio ano. Ele precisa estar preparado para jogar cinco, dez, 15 ou 90 minutos. Estamos nos preparando da melhor maneira sabendo que vamos enfrentar dificuldades nas eliminatórias.