Globo Esportes

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Formado em fevereiro, o Comitê de Reformas da CBF apresentou, nesta quinta-feira, um resumo de suas atividades nos últimos quatro meses. A principal novidade está no calendário de 2017, que terá algumas mudanças. Foi definido o período de 30 dias de férias, 25 dias de pré-temporada e 18 datas para a disputa dos estaduais (eram 19 este ano, mas alguns campeonatos tiveram menos) e mais oito para os regionais – que seriam nas mesmas datas da Libertadores. A ideia é que ambos sejam finalizados até o dia 30 de abril. O Brasileirão deve começar no mesmo período da Copa do Brasil. Foram anunciados também a criação do Código de Ética do Futebol Brasileiro e um Departamento de Futebol Feminino. Estas duas últimas decisões ainda serão submetidas a votação em Assembleia Geral na CBF.

Há uma proposta para que a Copa tenha apenas um jogo em cada confronto (sem jogos de volta), mas isso ainda não foi aprovado. O grupo também anunciou que o Campeonato Brasileiro terá apenas nove rodadas no meio da semana – ao contrário de 12, como é atualmente – e duas paralisações para os jogos da Seleção nas Eliminatórias – provavelmente em setembro e outubro. As interrupções seriam de 14 dias, sem rodada na quarta-feira anterior, no fim de semana e na quarta-feira posterior aos jogos do Brasil.

A entidade já admite incluir a Primeira Liga entre os torneios oficiais, mas a Liga terá que fazer ajustes requisitados pela CBF. Agora, cada equipe membro do grupo terá que negociar com suas federações como a adequação será feita. Segundo o secretário-geral da CBF, Walter Feldman, a tendência é que o torneio seja disputado ainda de forma amistosa no ano que vem, mas sem conflitos com os estaduais. O presidente do Atlético-MG, Daniel Nepomuceno, que esteve em algumas reuniões do Grupo de Trabalho para o calendário, gostou da alteração.

A adequação ao calendário europeu chegou a ser discutida no grupo de trabalho que discutiu o tema, mas não foi aprovado. Se houvesse o ajuste, o futebol brasileiro iniciaria as atividades em agosto e encerraria em junho. Segundo os membros da equipe, o processo seria difícil e envolveria muitos setores.

Apesar das alterações, um problema não foi solucionado: o choque dos jogos decisivos da Copa do Brasil com a Copa Sul-Americana. Desde 2013, com a inclusão dos times da Libertadores no segundo torneio nacional mais importante, as equipes que vão às oitavas de final da competição não podem disputar a Sul-Americana. Segundo o diretor de Competições da CBF, Manoel Flores, a adequação deve ser feita após uma reformulação dos dois torneios continentais, que deve ser feita pela Conmebol.

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