Globo Esportes

Uma reunião às 14h30 desta terça-feira, na sede da Conmebol, no Paraguai, vai servir para definir a data e o local da final da Copa Libertadores, entre Flamengo e River Plate. Há grande possibilidade de mudanças na data (23 de novembro) e/ou no local (Santiago) inicialmente previstos. Os protestos que há três semanas sacodem o Chile preocupam os organizadores da partida. Na noite desta segunda-feira, fotos e vídeos com cenas violentas ocorridas no país andino circularam nos telefones celulares dos dirigentes da Conmebol.

A confederação trabalha com o seguinte cenário, que pretende expor aos clubes:

Nas condições atuais, é muito difícil que se mantenha o jogo em Santiago no dia 23;
Um adiamento para o dia 30 permitiria tempo para que a situação no Chile se acalme, assim como também permitiria a preparação de um plano B;
O plano B é Assunção, no Paraguai, onde também será a final da Copa Sul-Americana;

Também será apresentada aos clubes a possibilidade de mudar o local sem alteração de data.
Ou seja: é possível que a final da Libertadores seja remarcada para o dia 30 de novembro, também um sábado, para o estádio General Pablo Rojas, apelidado de “La Nueva Olla”, a casa do Cerro Porteño. Dentro da Conmebol, uma forte corrente defende a mudança de local, mas não de data.

Outros países foram analisados e, por ora, descartados, por motivos variados — mas podem voltar à mesa durante ou depois da reunião desta terça-feira. Vai depender da reação dos clubes ao que a Conmebol apresentar.

Sim, a confederação recebeu ofertas para abrigar a final da Copa Libertadores fora do continente, como aconteceu no ano passado, quando Boca Juniors e River Plate decidiram o torneio em Madri. Mas ninguém na Conmebol leva a ideia a sério, justamente pelo trauma de 2018.

A Conmebol quer consenso. Por isso também chamou para a reunião os presidentes da CBF, Rogério Caboclo, e da AFA, Claudio Tapia. Os campeonatos nacionais de Brasil e Argentina seriam diretamente afetados por essa mudança de data.