90MiN

Em meio aos avanços da pandemia do novo coronavírus no território brasileiro, CBF esboça retorno do futebol e espera apoio dos governos estadual e federal para prosseguir com ideia. O plano tem sido fomentado e discutido com clubes, federações e entidades governamentais.

De acordo com informações do GloboEsporte.com, o objetivo da Confederação Brasileira de Futebol é retornar com os treinamentos em meados de maio e gradativamente ir retornando ao calendário ‘normal’. A princípio, o diálogo entre entidades caminha bem e espera-se um resultado ‘positivo’.

A questão é: “positivo” para quem? Para os clubes que estão ‘quebrando’, para os patrocinadores e demais apoiadores, televisão ou ainda para o Governo? A relação entre o “ok” para o retorno do futebol não deve estar atrelada ‘exclusivamente’ com aqueles que precisam economicamente do esporte, mas, sim, e especialmente, com quem vai colocar a vida em risco.

O Brasil passa por uma situação extremamente delicada e triste. Até o momento, conforme dados do G1, o país tem 5.158 mortes e 74.493 casos confirmados, e segue aumentando. A tendência, em caso de não serem tomadas medidas mais drásticas, é de que a tragédia fique ainda maior e mais ‘incontrolável’.

Portanto, pensar no retorno do futebol é, no mínimo, não ter empatia com quem sofre e pouca responsabilidade com quem vai precisar expor sua própria vida para que a bola volte a rolar. A CBF, bem como os demais órgãos responsáveis, deve colocar os interesses econômicos em segundo plano e focar no que realmente importa, que a vida dos brasileiros e a situação catastrófica do país.