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Pablo Silva e Haine Allemagne, criadores do spray utilizado por árbitros no futebol, pedem a prisão de um a quatro anos para dirigentes da Fifa, incluindo o presidente Gianni Infantino. Eles alegam que o artifício tem sido usado na modalidade sem consentimento e que a entidade máxima do futebol tem violado as patentes da invenção.

O processo corre em um tribunal brasileiro há quatro anos e o desfecho deve ser conhecido nos próximos dias. Silva e Allemagne (argentino e brasileiro, respectivamente) contrataram Cristiano Zanin Martins, advogado responsável pela libertação do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, e pedem mais de 40 milhões de dólares de indenização (quase R$ 220 milhões).

“Estamos à espera da decisão do tribunal de primeira instância. Vamos exigir que Gianni Infantino e todos os outros sejam presos, além da penhora de bens e contas”, disse Silva ao jornal espanhol As.

De acordo com os inventores do spray, eles tinham um acorda com o ex-presidente da Fifa Joseph Blatter para a utilização do acessório a troco de 40 milhões de dólares. No entanto, o escândalo do “Fifa Gate” fez com que a comunicação entre as partes fosse perdida. Segundo eles, a Fifa tem utlizado o spray desde então sem cumprir o acordo.

“Fomos pacientes, mas depois vimos que usaram a spray na Copa do Mundo na Rússia, em 2018, quando uma providência cautelar o impedia”, acrescentou Silva. Ele ainda destaca que pretende levar o caso aos tribunais nos Estados Unidos.