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Pesquisadores da Universidade Federal do Paraná ( UFPR ) ligados ao Instituto de Pesquisa de Inteligência Esportiva divulgaram, na última semana, um documento que conclui que jogos com os espectadores só devem ocorrer após a descoberta de uma vacina contra a Covid-19. De acordo com a instituição, trata-se do primeiro material elaborado sobre o esporte diante da pandemia, amparado em evidências científicas.

O documento é assinado pelo advogado Paulo Schimitt, coordenador da comissão de integridade da Federação Paulista de Futebol ( FPF ), juntamente com o professor Fernando Mezzadri. Segundo ele, no cenário de manutenção do isolamento social, as práticas esportivas devem acontecer sem nenhum contato físico e mantendo a distância de pelo menos um metro.

— As atividades devem se limitar em práticas como caminhada, ciclismo, corrida, exercícios em casa, yoga, alongamentos, entre outras, sempre evitando qualquer forma de aglomeração ou de incentivo à circulação de pessoas. Sempre que possível as pessoal podem caminhar perto de suas residências e não devem procurar ir aos parques para realizar as atividades — explica Mezzadri.

De acordo com o professor, este não é o momento para a reabertura de academias, por exemplo. O relatório destaca ainda a importância do uso de máscaras e da higienização e desinfecção de locais e objetos.

No que diz respeito à prática profissional, quando for possivel a sua retomada, é indicado uma série de cuidados: diagnosticar atletas e demais envolvidos, medir a temperatura e fazer testagem rápidas em quem frequenta os centros de treinamento, propor atividades em grupos reduzidos e pensar em realizar eventos em localidades menos afetadas pela doença, e com ausência de público . Mas Mezzadri reforça que isso não deve ocorrer agora.

— Tanto os atletas quanto as pessoas devem fazer os testes como uma forma de controle e precaução, mas a volta aos treinamentos normais e as competições ainda não devem ocorrer agora. Consideramos muito precipitado o retorno as competições pelo atual estágio da pandemia no Brasil — explica.