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As negociações entre a CBF e o Ministério da Saúde pela volta do futebol em meio à pandemia da Covid-19 seguem com paciência, mas há alguns movimentos recentes para legitimar o retorno. O órgão havia recebido o caderno de protocolos de saúde e segurança elaborado pela entidade para embasar a realização de jogos no Brasil com portões fechados, mas houve um pedido nos últimos dias para que alguns ajustes fossem realizados, no intuito de colocar o mês de junho como data provavel de retorno das partidas.

A entidade se debruça exatamente sobre esses detalhes e considera pronto o documento, que vai embasar uma portaria da Anvisa e do Ministério da Saúde . Com o adiamento do plano de retorno em função das mortes pela Covid-19, o protocolo tem que ser atualizado, porque a previsão de volta passa a ser diferente periodicamente.

O GLOBO apurou que a CBF está sendo cuidadosa, pois teme a pressão quando os órgãos federais disserem que o futebol pode voltar. O Ministério da Saúde, através da Anvisa, que é um órgão regulador, pretende emitir um relatório que embase a autorização de futebol sem público pelos municípios, seguindo os protocolos da CBF. No caso do Rio, a Ferj tem o seu próprio protocolo, muito parecido. Mas é a entidade nacional que negocia com o Governo Federal.

A CBF ficou de devolver o documento com as alterações necessárias o mais rápido possível, através do secretário-geral Walter Feldman , que já sinalizou que o retorno dos jogos em junho é possível.

“Maio é o período mais dramático da doença e vamos ver as portas que vão se abrir em junho… o aprofundamento da crise, agora, significa que logo em seguida deve vir o abrandamento”, disse à Reuters nesta terça-feira.

Com a portaria da Anvisa e do Ministério da Saúde, os clubes teriam embasamento jurídico para promover o retorno também dos treinamentos, sem que o poder público local interfira, desde que seguindo os protocolos de segurança.

Enquanto a indefinição segue e as mortes também, o futebol brasileiro está parado desde o meio março, quando campeonatos locais e nacionais foram interrompidos devido às medidas de restrição provocadas pela pandemia.