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O futebol na América do Sul não tem previsão para voltar, e “quem falar uma data, vai errar”, disse um representante da última reunião da Conmebol com os chefes médicos de seus dez países-membros, semana passada.

O Brasil é o atual epicentro da pandemia de COVID-19 no mundo, mas outras nações do continente – casos de Chile e Peru – também apresentam elevação dos casos e não se sabe ao certo se já alcançaram o pico de contaminação, o que torna o retorno de Libertadores e Copa Sul-Americana ainda uma incógnita.

A reportagem apurou que a Conmebol não tem como pensar em uma programação atualmente por causa das fronteiras fechadas e dos diferentes calendários de retomada do futebol de cada país.

Além disso, as dez nações vivem momentos distintos no combate ao coronavírus, e os departamentos médicos das federações estão atuando junto aos ministérios de Saúde para determinar protocolos de retorno gradual das atividades esportivas.

No Brasil, a descentralização dos times também é vista na Conmebol como ponto de atenção: cada estado possui um cronograma próprio com relação ao combate a COVID-19, alguns dos principais clubes já retornaram aos treinos, mas o deslocamento entre as unidades federativas está restrito.

A confederação sul-americana já entende que os torneios de 2020 vão invadir o ano que vem, o que acarretará em um efeito dominó, com a próxima edição da Libertadores podendo começar só em março de 2021, segundo apurou a reportagem.

Alguns países já possuem planos para o futebol: o Paraguai marcou a retomada do campeonato local para 17 de julho, no Equador a data proposta é o dia 19 do mesmo mês, no Chile seria em 31 de julho, enquanto a Bolívia espera pela aprovação do governo para agosto.

Argentina e Venezuela, por outro lado, deram seus torneios nacionais por encerrados ainda no primeiro semestre. O Uruguai vai testar os jogadores nesta semana para marcar uma possível volta.

Peru ainda não definiu sua programação, mas a federação local já definiu que Lima será sede única do campeonato nacional.

Brasil e Colômbia, por enquanto, não possuem planos para o retorno dos torneios nacionais.