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Os números da pandemia de Covid-19 no Brasil seguem altos e apenas um Estadual, o Carioca, já retomou suas atividades. No entanto, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) já tem um calendário pré-definido e acordado com os clubes para iniciar os torneios nacionais no início de agosto – o que deve conflitar, por exemplo, com os planos da Federação Paulista de Futebol de encerrar o Paulistão no mesmo período – e terminar o Brasileirão 2020 apenas em fevereiro de 2021. A promessa de paralisar o torneio durante as chamadas “datas-Fifa” tiveram de ser desfeitas, lamentou o presidente da CBF, Rogério Caboclo.

Em entrevista ao diário O Globo no último domingo 5, Caboclo cravou que a Série A do Campeonato Brasileiro manterá o formato original (por pontos corridos, em 38 rodadas) e terá início em 9 de agosto, enquanto as Séries B e C devem começar na véspera, dia 8. A Copa do Brasil também será mantida, com retorno em 26 de agosto, mesma data do início da Série A1 do Feminino. As férias de fim de ano serão abolidas.

Seguindo o que já ocorre nas grandes ligas europeias, os jogos serão todos com portões fechados. Caboclo ainda cogitou a possibilidade de que clubes tenham de jogar fora de suas praças caso a pandemia não esteja controlada em suas cidades. Das 19 equipes da Série A, apenas o Athletico Paranaense votou contra a possibilidade de ter de ceder seu mando de jogo.

“A CBF assumiu a responsabilidade de reabrir hotéis, colocar aviões no céu e fazer o futebol voltar”, afirmou Caboclo. Segundo ele, a entidade buscou soluções já visando o calendário de 2022, que terá de ser encurtado devido à realização da Copa do Mundo do Catar, a primeira a ser realizada no final do ano, para fugir do calor infernal no verão da região.