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A interrupção do Campeonato Catarinense, anunciada nesta semana, acende um alerta quanto à retomada das competições de futebol durante a pandemia do novo coronavírus no Brasil. Em São Paulo, a Federação Paulista de Futebol (FPF) confia que o Estadual não terá “grandes surpresas”, mas admite haver, sim, o risco de contaminação dos atletas.

“Nós temos que diminuir este risco o máximo possível, mas temos que ter consciência de saber conviver com o vírus, porque ele não vai embora de hoje para amanhã. A vida segue”, afirma o médico Moisés Cohen, presidente da Comissão Médica da FPF, que considera “uma infelicidade” o ocorrido em Santa Catarina.

“Pode acontecer [no Paulistão], sim, mas temos que tentar tomar as providências justamente para evitar uma situação dessas”, diz Cohen, que confia nos protocolos elaborados pela Federação e por consequência uma retomada segura do Estadual.

A FPF traçou diretrizes para a retomada dos treinos e também dos jogos. A ideia é que atletas e funcionários sejam testados à exaustão, inclusive ficando isolados em concentração para retomar as partidas. Do ponto de vista médico, a melhor opção seria organizar os jogos no modelo “bolha”, adotado por exemplo pela NBA, mas a ideia foi descartada.