Galáticos Online

Após o Rafael Damasceno, vice-presidente do Jacobina, afirmar que o Jacobina é contra o retorno do Campeonato Baiano no meio da pandemia do novo coronavírus, o presidente do clube, Erenaldo Benício, reafirma a posição tomada pelo clube do interior.

Em entrevista à rádio Cidade FM, de Feira de Santana, o presidente volta a criticar a Federação Baiana e cita falta de respeito com os clubes do interior. Para Erenildo, Bahia e Vitória não fazem questão da existência do Campeonato Baiano e os clubes do interior fazem o futebol baiano sobreviver.

“O momento agora é muito ruim, temos que focar na saúde. O Jacobina não está preocupado com rebaixamento, se for pra cair a gente cai. O medo que tenho hoje é de perder alguém da minha família, algum amigo”, exclamou.

“Quando o Campeonato foi paralisado, nós estávamos na véspera de um jogo decisivo nosso. A gente ia jogar em casa, com o apoio da nossa torcida, jogadores tinham sido recuperados, vinhamos de uma boa partida contra o Bahia de Feira e o time vinha numa evolução com o novo treinador”, falou.

“Você tem o estado com 80% dos leitos sendo usados, recorde de casos a cada 24h, nossa cidade tendo muitos casos por dia. A gente não pode nem treinar, quanto mais jogar em casa. Não é porque amenizou o problema em Salvador, que a Bahia resolveu o problema. Jacobina é Bahia, Juazeiro é Bahia, Conquista é Bahia. Não temos perspectiva nenhuma de quando as coisa vão melhorar”, disse.

“No dia 16 de março foi o presidente do Bahia que anunciou a paralisação do campeonato, agora no retorno, ele que anunciou de novo e o presidente confirmou o retorno. Não ouvem os clubes do interior? Se fosse por Bahia e Vitória o campeonato já teria acabado e eles só jogariam o Brasileiro”, afirmou.

“Nós do interior, que fazemos o Campeonato Baiano somos desrespeitados. Na reunião quando ficou definido que o campeonato voltaria no dia 22 o Jacobina foi logo contra, porque não teríamos condições de jogar. A única condição que nos deram foi de entrar na justiça. Se os outros clubes do interior tiverem condições de jogar, nós respeitamos, mas o Jacobina não tem condições nenhuma de jogar”, comentou.

“Caso o TJ-BA não dê apoio ao pleito do Jacobina eu penso em entrar numa instância superior, não entrarei na justiça comum porque não ajuda o clube em nada”, completou.