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Quando Pia Sundhage foi anunciada como técnica da seleção brasileira, muita gente esperava que dela viria a revolução tão esperada no futebol feminino brasileiro. Bicampeã olímpica com os Estados Unidos, medalhista de prata na Rio-2016 com a Suécia, a treinadora tem uma história vitoriosa na carreira e receberia a difícil missão de “transformar” a seleção após décadas de falta de investimento e descaso por parte da CBF.

Um ano após sua apresentação, Pia reconhece que ainda não vê um time com “a sua cara” no Brasil. Mas ela destaca que todas as mudanças precisam ser parte de um processo mais profundo, que vai muito além da seleção principal. A “fórmula vencedora”, segundo ela, está na base. Nesta entrevista exclusiva, a sueca também falou sobre a importância de criar um ambiente mais competitivo no futebol feminino do Brasil, tanto nos clubes, quanto na seleção.

“Nós precisamos de mais competição. Competição no clube, na liga, na seleção. Nós precisamos encontrar mais jogadoras no Brasil, deveria ser difícil chegar à seleção brasileira.”.

Diante das experiências que teve antes, nos Estados Unidos, na Suécia e até na China, ela considera que no Brasil o jogo das mulheres ainda não é tão respeitado – mas como parte dessa mudança, Pia reconhece seu papel: “Eu vou lutar pelo futebol feminino, não só pra ganhar a medalha de ouro.”.