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A Série A do futebol italiano pode ser paralisada por conta de focos de casos do novo coronavírus (Sars-CoV-2) e da pressão de membros do governo italiano. A polêmica veio à tona, especialmente, após o Genoa confirmar que 14 pessoas – entre jogadores e equipe técnica – testaram positivo.

Nesta quarta-feira (30), a subsecretária do Ministério da Saúde, Sandra Zampa, falou em entrevista à “Radio Capital” que o campeonato teria que ser suspenso porque “os protocolos que firmamos falam isso claramente”. Segundo Zampa, “quando há um número tão alto de casos, não se pode fazer nada além do que parar o campeonato” porque “os positivos não podem jogar e podem contaminar mais pessoas”.

Após a repercussão da entrevista, a Subsecretaria de Estado publicou uma nota oficial em que Zampa faz um mea culpa e diz que o número alto de jogadores com Covid-19 não provoca a suspensão do campeonato.

“Serão a Figc [Federação Italiana de Futebol] e os clubes que decidirão o destino máximo do campeonato: se fazendo a recuperação de partidas dos times que não podem jogar ou colocando em campo eventuais reservas”, afirmou Zampa.

Quem também voltou a falar sobre o tema foi o vice-ministro da Saúde, Pierpaolo Sileri, que pressionou por um decisão responsável neste momento.

“Em caso de vários jogadores positivos, é preciso dar um passo atrás, estabilizar a situação e recomeçar. Mas, a decisão de parar um campeonato não passa pelo vice-ministro da Saúde, e aqui eu falo como médico”, disse aos jornalistas durante um evento em Casal di Principe.

Questionado sobre qual seria sua maior preocupação, Sileri ressaltou que “se há uma equipe de futebol com muitos jogadores positivos, aquele time sofrerá para jogar, mas o que me preocupa é uma eventual positividade de outros jogadores de outras equipes porque, mesmo que o contágio possa ocorrer em campo com facilidade por causa dos contatos entre os jogadores, são mais preocupantes os contatos de convivência, como no vestiário, nos jantares”.

Além de definir a situação – se paralisa o campeonato ou se adia as próximas partidas das duas equipes -, a entidade deve definir o protocolo para quantos casos são “aceitáveis” para manter um jogo. É provável que seja aprovado que se um time tiver 13 jogadores sem a doença, a partida deva ser realizada. (ANSA).