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O Grêmio disputará sua nova decisão de Copa do Brasil e misturou a capacidade de pressionar o São Paulo, com bola na trave, com muita marcação e uma dose de malícia. Desde as primeiras horas da manhã, na concentração gremista, já se dizia: “hoje será jogo de Copa.” O repertório teria troca de passes, desarmes, faltas e catimba. Ganho de tempo, cera para cobrar laterais, para se levantar depois das faltas.

O Grêmio fez sua parte também diminuindo os espaços, o que obrigou o São Paulo a circular a bola, sem se infiltrar, até abusar dos cruzamentos. Não é pecado cruzar, mas o excesso de levantamentos (foram 38) expõe a dificuldade para entrar na área rival.

Claro que isto passa pela estratégia do time, pela maneira como o time é montado, mas o São Paulo repetiu muitas das suas melhores armas.

O risco é não saber sair da derrota e personificá-la no treinador.

Fernando Diniz não é o vilão. Lembre-se de que o São Paulo não fez gol no Grêmio nos últimos quatro encontros — um deles sob o comando de Cuca — e não ganha dos gremistas desde 2015, com seis empates e cinco derrotas. Esta foi a décima eliminação são-paulina dentro do Morumbi, desde o título da Copa Sul-Americana, em 2012. Já caiu para o Bragantino, Athletico Paranaense, Atlético Nacional, Defensa y Justicia, Corinthians, Lanús, Talleres, Mirassol e Penapolense. Este último sob o comando de Muricy Ramalho.

Quem tem perdido não é o treinador. É o São Paulo. Cabe ao clube sair da sua maior seca de troféus desde que completou a obra do Morumbi. Fernando Diniz é parte da solução, não o causador do problema.