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A resposta para a pergunta do título pode surpreender muitos, e não vamos fazer mistério: o impacto é quase nulo. Com Abel Braga em alta no Internacional e Rogério Ceni convivendo com críticas, a equipe oGol tratou de fazer um levantamento, considerando apenas a disputa pelo Brasileirão, para provar que muitas vezes a imagem dos treinadores não correspondem aos números*.

Vamos começar por falar de Abel Braga. Esqueça o histórico de títulos e de idolatria, até mesmo no próprio Internacional. Abelão chegou ao Colorado debaixo de muitas críticas, como um técnico que deixou as glórias e bons trabalhos em um passado distante. E assumiu em uma condição peculiar: o antecessor, Eduardo Coudet, fazia bom trabalho e deixou o clube por vontade própria. Para piorar ainda mais a sua imagem atual, Abel mostrou-se perdido em seu início, com declarações em que demonstrava não estar à par do que vinha acontecendo no clube.

Como tudo no futebol, basta uma série negativa ou positiva de resultados para mudar a percepção do trabalho. Abel Braga agora está em alta, e a verdade é que, apesar do começo conturbado, o Internacional mudou pouco em termos de resultados no Brasileiro. Com o novo técnico, o Colorado venceu 5 vezes, empatou e perdeu duas, com 62% de aproveitamento. Coudet teve aproveitamento muito semelhante e até ligeiramente inferior, de 60%, com 10 vitórias, seis empates e quatro derrotas.

No Flamengo, Domènec Torrent não deixou saudades junto ao torcedor, e a comparação com o trabalho de sucesso do antecessor, Jorge Jesus, pesou muito para a avaliação negativa. Em 20 rodadas no Brasileiro, Dome teve 58% de aproveitamento, com 10V, 5E e 5D.

Rogério Ceni, ídolo do São Paulo e vindo de trabalho marcante como técnico no Fortaleza, chegou com grandes expectativas à Gávea. Não demorou muito para sofrer com a mesma pressão de Dome, muito por conta das eliminações na Libertadores e Copa do Brasil. No Brasileiro, o desempenho de Ceni é exatamente o mesmo: 58% de aproveitamento, com quatro vitórias, dois empates e duas derrotas.

Inter e Flamengo seguem no G4 e na briga pelo título Brasileiro. Mas talvez as mudanças de comando nos dois clubes, forçadas ou por opção, tenham menor influência na disputa do que parecem.

Texto retirado de ogol.com.br
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