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A Federação Paulista de Futebol voltou a se reunir com os clubes da primeira divisão estadual, na manhã desta segunda-feira, e decidiu que acatará a suspensão dos jogos do Paulistão enquanto durar a fase emergencial do plano de contenção do novo coronavírus do governo de São Paulo.

Com isso, está mantida a suspensão da quinta, sexta e sétima rodadas, aquelas presentes no período da proibição de jogos anunciada pelo governo, de 15 a 30 de março.

A Federação desistiu de levar os jogos a outros Estados e de buscar na Justiça a garantia de realização, como vinha cogitando. A entidade promete encerrar o campeonato na data prevista: 23 de maio.

Na semana passada, os 16 clubes da elite estadual haviam analisado a possibilidade de levar a questão à Justiça. A maioria votou contra. Entre os grandes, só o São Paulo defendeu a judicialização, enquanto Corinthians, Palmeiras e Santos foram contrários. A votação estava empatada em oito a oito, mas a Ferroviária mudou o voto que decidiu pela desistência da ação.

Além do São Paulo, Guarani, Ituano, Inter de Limeira, São Bento, Mirassol e Novorizontino queriam entrar na Justiça. Com o Corinthians, Palmeiras e Santos ficaram Ferroviária, Ponte Preta, Santo André, Red Bull Bragantino e São Caetano.

O Campeonato Paulista está impedido de ser disputado em São Paulo por decreto do governo estadual, que suspendeu todos os eventos esportivos de 15 a 30 de março como uma das medidas para tentar conter a pandemia de Covid-19, em seu momento mais crítico no país.

A FPF tentou, mais de uma vez, convencer o governador João Doria a manter as partidas do torneio. Houve reuniões com o Ministério Público, avalista da decisão do governo, mas os argumentos não foram aceitos. A Federação, em nota, disse que o governo agia contra evidências médicas e científicas ao paralisar o futebol.