WebtivaHOSTING // webtiva.com . Webdesign da Bahia
novo uniao supermercados




abril 2024
D S T Q Q S S
« mar    
 123456
78910111213
14151617181920
21222324252627
282930  

drupal counter

:: ‘CONTADOS’

Clubes pequenos podem estar com os dias contados

Uol

wendell-lira-goianesia-1446821696177_615x300

Como pano de fundo da obra prima de Wendell Lira, vencedor do Prêmio Puskas, está o Goianésia, clube até então pouco – ou nada – conhecido que está sob risco de ficar para a posteridade apenas. Um grupo de estudos montado na CBF visa implementar gradativamente, a partir de 2017, o Sistema de Licenciamento de Clubes com o objetivo de padronizar a profissionalização. De acordo com a Federação Nacional de Atletas Profissionais de Futebol (FENAPAF), o país tem 900 clubes que se dizem profissionais, número que, com o caderno de encargos, poderá cair para 250.
“Tem clube que não tem pão com manteiga. Outros cobram até para o atleta jogar…Com o sistema de licenciamento, não se enquadrou, está fora. Vai disputar campeonato amador”, afirmou o presidente da FENAPAF e também do Sindicato dos Atletas Profissionais de São Paulo, Rinaldo Martorelli.

O caderno exigirá estrutura profissional, o que parece beabá, mas não é. Desde local de treino, vestiários, médicos, comprovação de receitas, cumprimento de obrigações trabalhistas, pagamentos de salários, a participação num calendário anual – atualmente, muitos clubes jogam menos de um semestre no ano. A CBF quer implantar algumas exigências para 2017 sem a urgência dos sindicatos. Entre os responsáveis na CBF, há o temor de que os clubes não consigam se adequar principalmente em relação ao centro de treinamento e às categorias de base. No ano passado, a entidade recebeu representantes da Uefa, responsáveis pela criação das regras na Europa. No Brasil, o grupo de estudo é formado por representantes das federações, clubes e diretores da CBF.

O excessivo número de clubes dá a sensação de emprego, mas, na verdade, põe um tapete sobre o porão do futebol brasileiro. Wendel Lira, muito provavelmente, deixará a base dramática da pirâmide salarial: 85% dos jogadores recebem até dois salários-mínimos por mês. No topo, estão 2,25% com mais de 20 salários.

“Fiscalizamos clubes e nos deparamos com cenas inacreditáveis. Clubes sem campo, jogadores trocando de roupa no gramado por falta de vestiário, sem receber salários… A realidade do futebol brasileiro é do sonhador que chega no clube pequeno com 20 anos, peregrina até os 36 anos e deixa o futebol sem profissão, sem dinheiro, sem rumo. É um sonho mentiroso”, disse o presidente do Sindicato dos atletas Profissionais do Rio de Janeiro, Alfredo Sampaio.

“Ao fazer a acrobacia para o golaço, Wendell Lira deu um salto profissional que muitos sonham. No Brasil, estimam as entidades, apenas 40 clubes são capazes de abrigar jogadores com dignidade. A equação entre mão de obra excessiva e pouco qualificada, poucos clubes bons e muitos sem estrutura é igual a sonho mais futuro nada promissor. O futebol é um cone ao contrário. Muitos entram, poucos saem”, concluiu Alfredo Sampaio.

11990482_677264472375720_7526595543322411409_n1













comercial tommacon



WebtivaHOSTING // webtiva.com . Webdesign da Bahia