Tribuna da Bahia

O Ba-Vi, por si só, é um jogo especial. Mas este de amanhã, vai ter alguns atrativos a mais. Pela primeira vez as duas equipes irão se enfrentar com o Bahia na Primeira e o Vitória na Segunda Divisão. Depois de sete anos, o tricolor entra em campo em melhores condições nacionalmente. E, para jogar ainda mais responsabilidade para o lado do Fazendão, o Bahia vai defender uma invencibilidade de cinco anos atuando no Estádio Manoel Barradas.

O tabu no antes temido Barradão conta com nove partidas. Foram seis triunfos do tricolor e três empates – contando jogos do Campeonato Baiano e da Série C do Brasileiro. A última derrota no solo inimigo aconteceu no dia 22 de janeiro de 2006. Era o primeiro clássico do ano e o Vitória ganhou por 2 a 1.

Desde então, apesar da hegemonia histórica, o rubro-negro não sabe o que é festejar um Ba-Vi no Barradão. O Vitória até que venceu como mandante. Foi no dia 24 de janeiro do ano passado, só que como o Manoel Barradas estava passando por reformas, o jogo foi disputado em Pituaçu.

Esse tabu tem mexido com os bastidores do clássico. De um lado, os dirigentes do Vitória estão perdendo o sono com o jejum de triunfos. Do outro, a diretoria tricolor que, apesar do pior momento no Estadual, não quer nem pensar em perder mais um motivo para gozar com os adversários.

A preocupação é tanta que os presidentes resolveram abrir a mão. No início da semana os dois clubes anunciaram que iriam fazer de tudo para antecipar o pagamento do salário de janeiro – que pode ser feito até segunda-feira.

Além disto, rubro-negro e tricolores prometeram uma premiação extra para incentivar seus atletas. No Vitória, a quantia é de R$ 2 mil para cada jogador (com o dinheiro no vestiário). No Bahia, o bicho ficou no suspense.

A vontade de vencer é grande. Cada um com seu objetivo específico. Quem ganha com isso é o torcedor, que tem tudo para ver um grande espetáculo na tarde deste domingo.