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Não bastou quebrar um jejum de 44 anos sem medalhas nos ringues e garantir o pódio na estreia das mulheres em Olimpíadas. Adriana Araújo, de 31 anos, conquistou, nesta quarta-feira, a 100ª medalha do Brasil na história dos Jogos. Um bônus depois de uma derrota controversa diante da vice-campeã mundial, Sofya Ochigava, na semifinal da categoria leve (até 60kg) em Londres. Ao fim da luta, um abraço apertado. Para a russa, dever de casa cumprido. Para Adriana, uma despedida antecipada, mas feliz, de uma campanha histórica, marcada por dificuldades. Depois do bronze, um desabafo contra o presidente da Confederação Brasileira de Boxe (CBBoxe), Mauro José da Silva.

– Ele já me humilhou muito. Disse que eu não tinha condição nenhuma de me classificar (aos Jogos Olímpicos). Só para calar a boca dele, me classifiquei e conquistei a medalha.

É a primeira medalha do Brasil na modalidade desde Cidade do México 1968, há 44 anos, quando Servílio de Oliveira também foi bronze, no peso-mosca. – Não sabia que era a centésima medalha do Brasil em Olimpíadas. Vai ser muito comemorada. Vai ter festa na Bahia – conta a pugilista.