Contra o River Plate, São Paulo joga a vida em “primeira final” do ano
Gazeta Esportuva
Todo o planejamento do São Paulo para o primeiro semestre de 2016 será colocado à prova às 19h30 (de Brasília) dessa quinta-feira, quando o time subir ao gramado do estádio Monumental de Núñez para enfrentar o River Plate, pela segunda rodada da fase de grupos da Copa Libertadores. Apesar de a temporada ainda estar no seu início, o Tricolor encara o compromisso em Buenos Aires como a primeira final do ano. Se perder para os argentinos, atuais campeões da Libertadores, a situação da equipe no Grupo A do torneio continental ficará insustentável.
O drama são-paulino teve início com a inesperada derrota por 1 a 0 para o The Strongest, da Bolívia, na estreia da chave. Na última semana, a equipe boliviana aproveitou a altitude de La Paz, superou o Trujillanos-VEN por 2 a 0 e chegou à segunda vitória na competição. Em caso de derrota para o River Plate, o Tricolor ficará com a pontuação zerada, enquanto os dois principais adversários na briga pela classificação somarão seis pontos. Nas palavras do técnico Edgardo Bauza, um tropeço em Buenos Aires obrigará o time a “vencer os outros quatro jogos”. “Temos de fazer 12 pontos na Libertadores”, afirmou.
Para evitar uma tragédia no terceiro mês do ano, Bauza resolveu apostar na experiência dos jogadores que estão à disposição no elenco. O técnico surpreendeu ao sacar Rodrigo Caio da equipe titular e montou a dupla de zaga com o ídolo Diego Lugano e Maicon. A mudança foi a única promovida após a derrota por 3 a 1 para o São Bernardo, no último sábado. Mas, ao que tudo indica, o meia Michel Bastos poderá surgir como novidade na ponta esquerda. Ele se recuperou de uma contratura muscular na coxa esquerda, viajou para a Argentina e será opção para o segundo tempo.
Embora a pressão sobre o São Paulo tenha atingido o nível mais alto nesse ano, a diretoria tratou de se manifestar publicamente na terça-feira e rejeitou a possibilidade de demitir Bauza em caso de derrota. Mas o diretor executivo do clube, Gustavo Vieira de Oliveira, não poupou críticas ao elenco e cobrou “pulso firme, coração entregue e uma vontade a mais” dos jogadores. “Um jogador que não gosta de cobranças não pode jogar no São Paulo. É preciso existir essa cobrança. Eu vejo como uma motivação a mais”, disse o zagueiro Maicon.
O River Plate já né mais o mesmo time que conquistou a América no ano passado, mas bater os argentinos em um Monumental de Núñez lotado nunca será tarefa fácil. Na última rodada do Campeonato Nacional, os millonarios fizeram um jogo fraco contra o arquirrival Boca Juniors e empataram por 0 a 0, dentro de casa. Com oito pontos em seis rodadas, a equipe ocupa apenas a oitava posição no torneio.
Para essa quinta-feira, apenas sete dos 18 jogadores concentrados participaram da vitória por 3 a 0 sobre o Tigres-MEX, na final da última Libertadores. Os zagueiros Balanta e Maidana e o atacante Pisculichi, lesionados, estão fora do jogo. Em contrapartida, o técnico Marcelo Gallardo pôde relacionar o meia Andrés D’Alessandro, que fez história com a camisa do Inter. Mas, como se recuperou de uma contusão recentemente, o atleta só deve atuar por alguns minutos contra o São Paulo.