STJD pune Belluzzo com nove meses de suspensão, e o Palmeiras vai recorrer
Fonte: Globo Esportes
Jose Mauro do Couto Filho, advogado que defende a causa de Belluzzo
As ofensas dirigidas a Carlos Augênio Simon e as suspeitas levantadas envolvendo o Superior Tribunal de Justiça Desportiva renderam ao presidente do Palmeiras, Luiz Gonzaga Belluzzo, uma punição de 270 dias – nove meses. Em julgamento realizado na noite desta terça-feira, na sede do STJD, no Rio de Janeiro, o dirigente acabou pegando uma pena leve, considerando que havia a possibilidade de um gancho de até seis anos (30 a 2.530 dias).
Com mandato até janeiro de 2011, o dirigente continua na presidência, mas com limitações políticas, principalmente no futebol. Enquanto durar a pena, Belluzzo não pode assinar contratos ou representar o clube em eventos oficiais, assim como não pode frequentar áreas reservadas em partidas do Alviverde, nas quais ele terá de comparecer apenas como torcedor. Nestes casos, quem assume é Salvador Hugo Palaia, seu vice-presidente.
– Aceito a punição, até porque falei coisas muito fortes. Na verdade, isso já era esperado, por isso decidi nem ir ao Rio. O que não entendo até agora é o que o Simon fez naquele dia. Com 1 a 0 talvez tivéssemos vencido o jogo. Estaríamos na frente do Flamengo na classificação e empatados com o São Paulo – disse Belluzzo à Rádio Globo
O dirigente explicou depois quais serão os seus próximos passos.
– Na prática, isso não muda nada. Já conversei com o Palaia e vamos ficar em contato nos próximos dias. Os jogadores vão continuar recebendo meu apoio, e eu espero que o time supere as dificuldades e seja campeão. Fora isso, entraremos com recurso amanhã (quarta-feira) mesmo.
Belluzzo foi denunciado nos artigos 186 (praticar ato hostil por fato ligado ao desporto), 187 (ofensa moral), 188 (manifestação desrespeitosa através da imprensa), 279 (incitação pública à prática de violência), 189 (atribuição de fato inverídico a membro do STJD) e 190 (manifestação desrespeitosa e ofensiva contra decisão do STJD através da imprensa). Absolvido em dois deles (186 e 189), acabou pegando 50 dias no artigo 187, 80 no 188, 90 no 190 e mais 50 no 278 – este acabou substituindo o 279, desqualificado pelo auditor e relator Otacílio Neto.