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A nau do Juazeiro pode afundar no Rio São Francisco. Faltando pouco menos de dois meses para o início do Campeonato Baiano o clube vive uma turbulência política que pode trazer sérias consequências para a agremiação. A novela teve início após a Federação Baiana de Futebol (FBF) constatar irregularidades no pleito, no qual a chapa encabeçada por Antônio Barbosa, conhecido como Baé, saiu vencedora. A entidade recomendou novas eleições, seguindo as normas do estatuto do clube. De acordo com o estatuto, apenas os conselheiros fundadores podem ser candidatos. Com isso, nova disputa nas urnas foram convocadas no último dia 18, da qual saiu vencedor outro candidato: Dalmo Feitosa. A oposição ao atual grupo contra-atacou e entrou com uma interpelação judicial questionando a validade do último pleito. Na tarde desta quinta-feira (23), uma liminar favorável a Baé, através da 3ª Vara Cível de Juazeiro, o reconduziu para o cargo de presidente.

“Houve justiça, através dela mesmo. Nossa eleição houve total transparência. A eleição teve participação de 64 conselheiros. Agora é trabalhar para ajudar o Juazeiro no Campeonato Baiano”, disse Baé, em entrevista.

Após tomar conhecimento da liminar, Dalmo Feitosa disse que vai recorrer da decisão. “Fizemos o que manda o estatuto. Fui um dos fundadores do clube e só aceitei ser presidente para que o nosso time não fosse prejudicado. Inclusive minha intenção é reformular o estatuto, filiar sócio-torcedores para que não aconteça mais esse tipo de problema. Vamos recorrer e esperar a decisão da Justiça. Quem não pode ser prejudicado é o clube”, considerou.

O presidente da FBF, Ednaldo Rodrigues, disse que a entidade observa o caso à distância e não interfere em problemas políticos e administrativos dos clubes. Mas alertou que o Juazeiro tem até o dia 18 de dezembro para um desfecho sobre quem comandará a agremiação daqui para frente.