Isto É

A reorganização do calendário do futebol europeu em virtude dos efeitos da pandemia do novo coronavírus fez a comissão técnica da Seleção Brasileira analisar cautelosamente quem entraria na lista de convocados para os duelos com Bolívia e Peru. A sequência em campo foi fundamental para que novos nomes ganhassem projeção no início de caminhada do Brasil nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2022.

– Com todos os atletas que a gente convocou, temos um cuidado muito grande para a posição e função. Pesou a sequência de jogos, a minutagem… – garantiu o técnico Tite.

Além do bom momento, Bruno Guimarães, do Lyon, e de Douglas Luiz, do Aston Villa, foram destacados por suas condições físicas pelo preparador da Seleção Brasileira, Fábio Mahseredjian.

– Tivemos a preocupação do quanto cada atleta vem jogando. O Bruno Guimarães jogou a semifinal da Liga dos Campeões, é um atleta que está rodado. O Douglas Luiz jogou pela Premier League e Copa da Inglaterra, vem com uma minutagem, enquanto outros não vêm atuando em jogos oficiais – disse.

Pivô de uma saída turbulenta do Barcelona, o meio-campista Arthur também se enquadra no ponto de vista da “minutagem” da comissão técnica. Tite rechaçou que o problema disciplinar do jogador tenha influído na sua ausência nas partidas iniciais da Seleção nas Eliminatórias.

– A não convocação do Arthur tem a ver com o seguinte: ele ficou dois meses e meio, três meses, as últimas nove rodadas no Barcelona, sem jogar. Ele não esteve presente. Agora, no início da competição com a Juventus, ele jogou 45 minutos de jogo-treino. Ele não está em bom ritmo de jogo – e disse em seguida:

– Não teve aspecto disciplinar, isso seria do clube, do que pode ter sido – completou.

O fato do Campeonato Italiano só começar neste fim de semana também foi visto como complicador para que Lucas Paquetá continuasse a ser chamado.

– O Paquetá participou de alguns amistosos e isso dificultou muito nossa avaliação – disse Mahseredjian.

Porém, Tite garantiu que não descarta nenhum dos dois da sua lista de selecionáveis.

– São atletas que vão estar sim no nosso acompanhamento e essa competição leal de desempenho é normal e natural que aconteça. Quando você consegue competir em alto nível, a tendência é sempre evolução. É assim que os atletas devem entender – garantiu o comandante.

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