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A vacinação de atletas contra a covid-19 virou um entrave para os organizadores do Jogos Olímpicos de Tóquio. Nesta quarta-feira, inclusive, a Comissão Executiva do COI (Comitê Olímpico Internacional) fará uma reunião para discutir o tema. O atual cenário prevê duas categorias de atletas: os vacinados, que terão liberdade para circular pelo evento, e quem não estiver imunizado, que precisará ficar confinado antes de competir.

No caso da delegação brasileira, o COB (Comitê Olímpico do Brasil) já declarou que não pretende “furar a fila da vacina”. O plano do órgão, inclusive, é que os atletas do País cumpram um período de 12 dias de quarentena logo após o desembarque no Japão.

Nesta semana, o presidente do Comitê Olímpico Francês, Denis Masseglia, declarou que os atletas que participarem dos Jogos Olímpicos de Tóquio e não forem vacinados terão de enfrentar condições “extremamente difíceis”. O dirigente diz ter ouvido do presidente do COI, Thomas Bach, que os atletas não vacinados terão de “passar por exames de manhã e à noite”.

Muitos países já começaram a vacinar contra o novo coronavírus, mas o ritmo é variado. Por isso, a vacinação de atletas abriu um debate sobre saúde pública, já que se os competidores forem priorizados eles poderão passar à frente de outras pessoas dos grupos de risco.

O COI e autoridades japonesas garantem que a vacina não será obrigatória para atletas e torcedores. Mas, o COI já declarou que “fará grandes esforços” para garantir que os participantes dos Jogos sejam vacinados.

A OMS (Organização Mundial da Saúde), no entanto, se mostra contrária a uma possível prioridade que possa ser dada aos atletas na fila da vacinação. “Este não é um problema relacionado aos Jogos Olímpicos. Trata-se acima de tudo de saber usar um recurso escasso para combater uma das crises de saúde mais devastadoras da nossa história”, disse o vice-diretor-geral da OMS, Bruce Aylward.