Fonte: EcBahia

A quantidade de dirigentes do Bahia, ou melhor, a falta deles, na chegada de Paulo Comelli a Salvador, na noite desta quarta-feira, dá bem a dimensão do prestígio do treinador junto à diretoria do clube. Simplesmente nenhum cartola do clube foi dar as boas-vindas ao técnico no aeroporto – apenas o motorista e o assessor de imprensa do Esquadrão foram buscá-lo.

Contratado para o lugar de Alexandre Gallo, demitido no último domingo, Comelli foi apenas a sexta opção do Bahia, que só acertou com ele após as recusas de Vadão, Benazzi, Chamusca, Geninho e Nelsinho Baptista. Daí, o desprestígio com a alta cúpula do Esquadrão. Atitude, entretanto, injustificável, já que é de Comelli a missão de recolocar o clube nos trilhos da Série B. Por isso, até pelo caráter que já demonstrou ter, o profissional merecia mais respeito da diretoria.

Indiferente ao descaso dos cartolas, Comelli mostrou empolgação com o retorno ao Bahia, após exato um ano de sua primeira e única passagem pelo Fazendão. “A situação (no Brasileiro, o time é o 11º colocado, a cinco pontos do G-4) é absolutamente reversível. O Bahia se modernizou muito nesse ano que fiquei fora. Melhorou a estrutura. Agora tem um estádio em Salvador e a força dessa torcida maravilhosa que eu finalmente vou ter a possibilidade de trabalhar ao lado. Estou muito contente por ter voltado”, declarou o técnico.