Fonte : Globo Esportes

Quando o árbitro Carlos Eugênio Simon apitou o fim de Atlético-PR 3 x 0 Barueri, neste domingo, encerrou-se o primeiro turno do Campeonato Brasileiro de 2009. Mas só extraoficialmente. Por causa de competições internacionais há três jogos adiados. Enquanto não ocorrem, o torneio tem um líder em pontos ganhos e outro em perdidos.

A liderança real, factível, está com o Palmeiras, de Muricy Ramalho. Apesar dos três empates consecutivos por 1 a 1 na reta final, o último contra o Botafogo, sábado, o time segurou a ponta, com 37 pontos. Mas há uma ameaça, por enquanto, virtual.

O Internacional ausentou-se por uma semana para disputar a Copa Suruga, no Japão, e ficou com dois jogos a menos. Mas a passadinha no Oriente revigorou a equipe. A decadência e a possibilidade de demissão de Tite foram trocadas por vitórias que deixam a equipe na terceira colocação, com 33 pontos. Se vencer os compromissos pendentes, o Colorado chega a 39 e ultrapassa os paulistas.

A situação incomum de um turno (quase) terminado dificulta comparações com os anos anteriores. De 2003 a 2008, apenas o Grêmio, no ano passado, terminou a primeira metade à frente (41 pontos) e não levou a taça no fim do ano.

A edição anterior também tem outra semelhança nas primeiras posições. Depois de um início assustador, com eliminação da Libertadores, demissão de Muricy Ramalho e flerte à curta distância com a zona de rebaixamento, o São Paulo foi tachado como “acabado”. Mas o tricampeão voltou. O Tricolor ressurgiu, arrancou da 14ª posição e fecha a 19ª rodada no G-4, com 33 pontos. Neste domingo, derrotou o Sport por 2 a 1, na Ilha do Retiro e conseguiu a sexta vitória consecutiva.

Dois pontos e duas posições acima está o Goiás, que ganhou do Vitória por 3 a 2, no Serra Dourada. A voz grossa e contundente de Hélio dos Anjos ecoou nos jogadores. Júlio César, Iarley, Felipe Menezes… Jogo a jogo alguém aparece para garantir pontos e manter os esmeraldinos nas cercanias do topo. E ainda há Fernandão por estrear.

Perder para o Corinthians por 2 a 0, em São Paulo, seria até um resultado “normal” para o Atlético-MG. Porém, a ressonância do quinto jogo sem vitória do Atlético-MG cai na alcunha de “cavalo paraguaio”. Depois de liderar por oito e fincar a bandeira no G-4 por 15 rodadas, o Galo está na quinta posição (32 pontos), mas com 18 jogos realizados.

O título invicto do Paulista e a conquista da Copa do Brasil alçaram o Timão ao posto de favorito também à tríplice coroa. Chegou a beliscar a quarta posição na 13ª rodada. Aí saíram Cristian, André Santos, Douglas, Ronaldo se machucou e Mano Menezes se viu obrigado a reconstruir a equipe. Depois de cinco jogos sem vitória, os três pontos aliviam a pressão, que em certo momento resultou em protesto de torcedores contra a diretoria.