Fonte: Globo Esportes

A derrota por 2 a 1 para o Cerro Porteño não pode ser considerada um resultado ruim para o Botafogo. Mas o retorno para o Rio de Janeiro, depois da partida no Paraguai, terá um sabor amargo. Ao mesmo tempo em que disputava uma batalha em Assunção pela Sul-Americana, com uma atuação desastrosa da arbitragem, o Alvinegro voltava à zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro, devido à vitória do Santo André por 2 a 0 sobre o Palmeiras, nesta quarta-feira. Essa situação se estenderá pelo menos até este domingo, dia do clássico contra o Flamengo, no Engenhão.

Na partida de volta, que será disputada no dia 4 de novembro, no Engenhão, o Botafogo alcançará a classificação se vencer por 1 a 0. O Cerro Porteño tem o benefício do empate, e caso haja novo resultado de 2 a 1, agora a favor do Alvinegro, a decisão será nos pênaltis. O vencedor do confronto enfrentará Fluminense ou Universidad de Chile na semifinal.

O Botafogo iniciou a partida conseguindo manter o controle da bola e, assim, levando a partida em ritmo lento para encontrar espaços e segurar a pressão inicial do Cerro Porteño. Mas com uma sucessão de erros de passe, o Alvinegro foi perdendo terreno para o time paraguaio, que aos poucos foi tomando conta da partida.

Aos nove minutos, Jefferson fez uma grande defesa, depois que Recalde chutou à queima-roupa. O lance aconteceu pouco depois de o goleiro alvinegro levar cartão amarelo porque, segundo o árbitro Sergio Sergio Pezzota, retardou o reinício da partida, quando na verdade o camisa 1 reclamava que a bola estava murcha. A arbitragem, aliás, teve participação decisiva nos principais lances do primeiro tempo, prejudicando o Botafogo.

A equipe alvinegra chegou a marcar um gol aos 20 minutos, quando Fahel cabeceou depois de cobrança de escanteio de Gabriel. No entanto, o árbitro anulou o lance, alegando que o volante do Botafogo teria tocado com a mão na bola. Mesmo assim, o time brasileiro teve espaços para abrir o placar, mas esbarrou nos muitos erros de passe, facilitando a vida do Cerro Porteño.

Empurrado por sua torcida, o time paraguaio pressionou e marcou o primeiro gol aos 33 minutos, se aproveitando de mais um erro de arbitragem. Em posição de impedimento, o atacante Nanni evitou a saída de bola pela linha de fundo. Na seqüência do lance, Recalde recebeu passe de Torrén e, dentro da grande área, teve tranqüilidade para matar a bola no peito e mandar uma bomba de perna esquerda, sem chances para Jefferson, fazendo 1 a 0.

Após o intervalo, o Botafogo retornou a campo com a preocupação de estabilizar seu sistema defensivo e, assim, valorizar a posse de bola para aproveitar os erros do Cerro Porteño. O objetivo não demorou muito para ser cumprido, mas com o erro do árbitro. Ele não marcou um toque de mão de Reinaldo, que levou vantagem após falha da defesa paraguaia e teve frieza para tocar no canto esquerdo do goleiro Barreto, empatando por 1 a 1 aos 12 minutos.

Mas o Botafogo foi prejudicado quando tentava reagir quando, aos 14 minutos, o argentino Sergio Pezzota achou que houve deslealdade de Léo Silva numa dividida com Recalde e expulsou o volante alvinegro. Com um jogador a menos, o técnico Estevam Soares precisou recompor seu sistema defensivo, substituindo Renato por Leandro Guerreiro.

Com um jogador a mais e em casa, o Cerro Porteño partiu para cima do Botafogo, que abusou das faltas para segurar a pressão. Quando mesmo assim conseguiu chegar à frente, o time paraguaio esbarrou nas ótimas defesas de Jefferson, que teve outra grande atuação.

No momento em que conseguia segurar o resultado, o Botafogo sofreu o segundo gol, aos 36 minutos. Após erro de Fahel no meio-campo, o Cerro Porteño partiu em contra-ataque. Ramírez cruzou, e o árbitro marcou, fora do lance da bola, pênalti de Emerson, que recebeu cartão vermelho. Nanni cobrou e marcou o segundo dos paraguaios.

Sem força ofensiva, restou ao Botafogo se segurar para evitar uma derrota maior. Já nos descontos, o Cerro Porteño teve o ala Recalde expulso, após falta violenta em Reinaldo.