Arbitragem Baiana: A seqüência do erro
Fonte: Futebolbahiano
O choro foi geral. Todos os quatro times que seguem na disputa pelo título do Campeonato Baiano se queixaram da arbitragem após o primeiro jogo da semifinal. Vitória, Camaçari, Bahia e Bahia de Feira reclamaram, e muito. Treinadores e dirigentes se puseram na condição de vítimas, enxergaram erros grotescos e puseram em xeque a capacidade dos árbitros baianos.
No Camaçari, a reclamação foi feita pelo treinador. Aroldo Moreira não gostou dos cartões aplicados ao time da casa e da quantidade excessiva de faltas marcadas para o Vitória, que disse não ter havido escanteio no primeiro gol do rival. “Árbitro não pode torcer. Com a arbitragem ajudando, vai dar Bahia e Vitória mesmo”, disse em referência às finais do Estadual.
Em Feira de Santana, os dois times ficaram na bronca com o árbitro Arilson Bispo da Anunciação. Cada Bahia reclamou de um pênalti não marcado e o da capital publicou nota afirmando que entrará com uma representação contra Arilson, que no último Ba-Vi deixou de marcar um pênalti claro para o Vitória.
“Além da argumentação documental, uma prova de vídeo foi anexada, demonstrando claramente o pênalti sofrido pelo atacante Mendes, que não foi marcado pelo árbitro Arilson Bispo da Anunciação, que estava bem colocado e tinha visão privilegiada do lance”, diz o texto no site oficial.
Apesar das queixas, a Federação Bahiana de Futebol não tomou, e não deve tomar, nenhum posicionamento. A tradicional reunião que acontece com os árbitros após as rodadas será realizada hoje, mas não deve resultar em nenhuma punição. “Eu assisti o jogo de Camaçari e, na minha opinião, foi uma arbitragem boa”, comentou o presidente da Comissão Estadual de Árbitros de Futebol (Ceaf), Wilson Paim, que ainda não tinha visto da gravação do duelo de Feira de Santana.
Com o presidente da Federação Bahiana de Futebol (FBF), Ednaldo Rodrigues, no Rio de Janeiro para resolver pendências da Copa do Nordeste, Paim afirmou que não foi levantada a hipótese de contar com árbitros de fora para os jogos restantes do Campeonato Baiano. Decisão, no mínimo, coerente. Afinal, o que não faltou na noite de domingo foram críticas.
Se a arbitragem baiana, contestada pelos times locais, está em xeque, o mesmo pode ser dito daqueles que trabalham em campeonatos como o Paulista e o Carioca.