Fonte: Tribuna da Bahia

No final da noite de ontem (20), uma notícia de janeiro de 2007, publicada no portal Uol em 2007, foi resgatada por um torcedor do Bahia no twitter e aumentou consideravelmente as esperanças de absolvição para o goleiro do Bahia Renê e para toda torcida que espera ver um dos líderes do time, em campo o mais rápido possível. A matéria relembrada pelo internauta Daniel Valverde, falava sobre a absolvição do goleiro do Santos, Felipe, flagrado pelo antidopping, mas inocentado pelo fato da substância proibida ser encontrada em remédios de combate a doenças cardíacas e hepáticas.

Felipe foi absolvido pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva por um empate na decisão: dois membros do Tribunal foram favoráveis à absolvição e dois contra. Nesses casos, o atleta é considerado inocente. O goleiro foi flagrado no resultado do antidoping feito após o jogo entre Santos x Grêmio, realizado em 8 de outubro de 2006. A favor do atleta pesou o fato de a substância encontrada – hidroclorotiazida – não ter efeito dopador (jogador não teve melhora no rendimento com o uso); a substância é considerada apenas proibitiva por mascarar uma droga. A hidroclorotiazida é encontrada em medicamentos para coração, fígado ou rins.

O caso abre precedente para a absolvição de Renê. O medicamento usado pelo goleiro do Bahia foi o Lasix, que é normalmente indicado para o tratamento de hipertensão, mas também receitado para edema devido a distúrbios cardíacos, hepáticos e renais, além de edema devido a queimaduras.

A medicação contém a substância “furosemida”, um diurético proibido pela Comissão Nacional de Controle de Dopagem da CBF por agir assim como no caso de Felipe, como agente mascarante na identificação de outras substâncias proibidas. Isso porque ele atua na eliminação de líquidos. “O início da ação ocorre cerca de 60 minutos após a administração do produto”, diz a bula.

A substância foi a mesma encontrada no teste antidoping da ginasta Daiane dos Santos em outubro do ano passado. Ela foi suspensa por cinco meses e voltou a competir no meio deste ano.

Na coletiva que concedeu ontem (20), em Pituaçu, Renê confirmou que o Lasix foi dado por sua esposa quando estava sentindo dor de cabeça. O goleiro vai continuar treinando normalmente no Fazendão e deve seguir com o elenco até o final da Série B. “Nesse momento, minha maior preocupação fica por conta da minha esposa, pois ela está se achando culpada e tento acalmá-la em todo momento”, comentou.