No País da Copa e das novas arenas, torcedores ‘fogem’ dos estádios
r7
O Brasil se prepara para receber três dos maiores eventos esportivos do planeta. Por causa deles, bilhões de reais são injetados na construção de novas arenas, que prometem dar mais conforto aos torcedores e mais renda aos clubes.Enquanto não chegam, os clubes e torcedores veem situação completamente oposta às promessas.
Nos campeonatos estaduais, vários times continuam a sofrer com a baixa presença de público, que, maltratados pela falta de futebol de qualidade e boas condições nas arquibancadas, preferem o conforto da sala de estar aos bancos de cimento no estádio, como acontecem em muitos dos torneios de uma ponta a outra do Brasil
Um estudo publicado pela consultoria Pluri, revela que os campeonatos estaduais agonizam. Com disparidade financeira, alguns clubes se dão melhor, e os menores, são cada vez mais coadjuvantes nas competições
Os times grandes, por sua vez, não tratam os estaduais com prioridade, o que faz aumentar ainda mais a falta de interesse do público, tanto que a média de torcedores, segundo o estudo, foi de míseros 4.583 pessoas por jogo
O Campeonato Pernambucano é o melhor estadual em quantidade média de torcedores (9.134), desbancando os torneios do Rio de Janeiro (3.058) e São Paulo (6.122), recheado de times com grande poder financeiro
No Rio, a baixa presença de público ficou ainda mais evidente até na final da Taça Guanabara, disputado no Engenhão, entre Botafogo e Vasco. Um dos mais modernos do Brasil, o estádio tinha vários lugares vazios
Em São Paulo, os clássicos não foram o suficiente para atrair público. Jogos como São Paulo x Palmeiras e Santos x Corinthians, disputados no Morumbi, não atraíram mais de 18 mil pessoas. Pouco para o tamanho do estádio e das torcidas
Em MInas Gerais, o recém-inaugurado Mineirão, sede da Copa do Mundo, foi palco de jogos do campeonato estadual, mas viu poucos torcedores comparecerem
São vários os problemas que levam à baixa presença do público. Um deles é a falta de estrutura dos clubes, que não conseguem montar times competitivos. Os elencos fracos fazem pouco para agradar aos fãs, que deixam de ir ao estádio e contribuir com o time, gerando um ciclo, que parece só terá fim com a extinção dos Estaduais ou com uma mudança radical no calendário do futebol brasileiro











