Atarde

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Nos últimos dias, a qualidade dos gramados mundo afora virou notícia. O Corinthians foi ao México para enfrentar o Tijuana em campo de piso sintético. Já o Grêmio encarou o Caracas em terreno precário na Venezuela.

Se na Taça Libertadores, principal competição de clubes da América, a realidade é essa, no modesto Campeonato Baiano ela é ainda pior. No domingo, às 16 horas, o Bahia fará sua estreia no Estadual, já tendo de encarar o primeiro desafio em campo inóspito: o do estádio Lomanto Júnior, em Vitória da Conquista.

Para evitar, contra o Bode, o fracasso que tiveram o Timão e o Tricolor Gaúcho nos embates citados acima, a comissão técnica do Esquadrão tem tomado medidas de precaução.
As repetições de cruzamentos em bola parada foram intensificadas, com treino específico na quarta, e, um dia antes, foi feita simulação do que o time vai encontrar no sudoeste: coletivo no surrado campo 2 do Fazendão.

“Fui a Conquista no ano passado e constatei que o campo tem ondulações e vários tipos diferentes de grama. Avisei ao Jorginho e ele decidiu fazer essa simulação”, explica o auxiliar técnico Chiquinho de Assis.

E o time parece ter se adaptado bem. No coletivo de terça, os titulares venceram por 3 a 0, com três gols de Obina. Já no de quinta, no campo principal do CT, os suplentes levaram a melhor: 1 a 0, gol de Zé Roberto.

Quanto à estratégia do chuveirinho, Chiquinho sentencia: “Se não dá pra ir por baixo, vamos por cima, aproveitando os corners e faltas laterais. Temos uma boa bola parada e bons cabeceadores”.
Cobrador oficial de faltas e escanteios, Neto concorda. “Estou treinando dia após dia e combinando as melhores jogadas com os atletas que vão para a área. Sempre foi uma das nossas melhores armas”, diz.

Neto tem base para seu comentário, afinal, quatro dos seis gols que o Bahia marcou no ano saíram desta forma (veja o quadro abaixo). Para Chiquinho, a possibilidade de o time marcar gols pelo alto aumentou com as entradas do zagueiro Brinner e do atacante Obina. Neto, novamente, ratifica a opinião do auxiliar.

“Realmente, o Souza (que perdeu a posição de titular) é um atacante que trabalha melhor as jogadas pelo chão. Já o Obina é aquele cara que ataca a bola, usa a força física para fazer gols de cabeça. E, além dele, temos também Brinner, Titi e Fahel”, enumera o lateral.

“Piso duro” – Sobre o gramado do Lomantão, o presidente do Conquista, Ederlane Amorim, lamenta: “O piso é duro e a bola não rola. Os dois times são prejudicados, mas o Bahia é mais, por estar menos acostumado”, avalia o cartola.

Responsável pela praça municipal, o secretário de cultura, turismo, esporte e lazer de Conquista, Gildelson Felício, argumenta: “Está melhor do que em 2012, pois os times não estão mais treinando sempre lá”.

Segundo ele, a prefeitura já tem a solução para o problema: substituir todo o gramado, o que duraria quatro meses. Neste período, os times da cidade jogariam em estádio alternativo que está sendo reformado, o Edvaldo Flores. Ainda não há previsão para o início da obra.

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