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Após a divulgação de um comunicado oficial do Bom Senso FC pedindo mais diálogo por parte da CBF e propondo regras para o Fair Play fiscal e trabalhista no futebol, a entidade emitiu uma resposta. No documento, cita investimentos de R$ 40 milhões nas séries C e D do Brasileiro, para afirmar que sempre esteve comprometida com as demandas dos jogadores.

Mais cedo, o Bom Senso FC comemorou, em nota oficial, a divulgação pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol) de uma proposta de Fair Play fiscal e trabalhista para o futebol brasileiro. A união de atletas, entretanto, entende que são necessários mais mecanismos para garantir que os clubes cumpram as regras e, por isso, se reuniu na última segunda-feira com o Secretário Nacional do Futebol, Toninho Nascimento, para apresentar suas propostas.

A principal reivindicação do movimento é a criação de uma agência reguladora independente para fiscalizar o pagamento de salários em dia. A ideia é evitar que os jogadores tenham obrigação de se expor e reclamar formalmente em caso de falta de pagamento, como está previsto na proposta da entidade que comanda o futebol brasileiro.

Pela ideia do Bom Senso FC, os clubes seriam obrigados a apresentar à agência, todo mês, comprovantes do pagamento de salários e das demais verbas devidas aos atletas e funcionários. A não apresentação dos documentos implicaria em falta de pagamento, passível de penalidades. O clube que não saldasse suas dívidas ficaria impedido de contratar novos jogadores.

As penalidades sugeridas ficam ainda mais duras: se a dívida não for saldada no final do ano, o clube ficara impedido de disputar competições no ano seguinte, e teria rescisão automática de todos os contratos de jogadores, arcando com as verbas rescisórias e demais valores devidos. Na proposta do movimento, também é considerado salário o direito de imagem, limitado a no máximo 20% da remuneração total do jogador.