Globo Esportes

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O Grêmio está na Libertadores, Fábio Koff é o presidente e o adversário atende pelo Nacional de Medellín. E em Porto Alegre. Estaríamos todos num túnel do tempo rumo a 1995? Ainda não. Mas o confronto da noite desta terça-feira, na Arena, a partir das 22h (de Brasília), tem um gosto histórico especial para os gremistas. Há 19 anos, o Tricolor havia conquistado a sua segunda e última Libertadores exatamente sobre o time colombiano. Desta vez, a situação se inverte. Se antes era o fim, agora é apenas o começo. O passado não muda o presente, é claro, mas a torcida azul, que deve encher o estádio, espera ao menos que as lembranças positivas ajudem a embalar a equipe de Enderson Moreira na segunda rodada que, se não ainda não vale o título, coloca em disputa a liderança isolada do ferrenho Grupo 6.

O treinador está longe de ser o Felipão de 1995, mas, aos poucos, passa a conquistar a confiança da torcida. Na estreia na Libertadores, fora de casa, armou uma equipe combativa e eficiente. Venceu o Nacional-URU no Parque Central e, desde então, só conheceu bons resultados também no Gauchão. O estilo do comandante igualmente contagiou os atletas. Zé Roberto chegou a dizer que Enderson “devolveu a alegria do grupo em jogar futebol”.

É o camisa 10 do Grêmio a grande referência para o Nacional. Todos citam o experiente meio-campo para resumir os perigos que os mandantes podem oferecer. Mas os colombianos têm as suas armas. Até porque, embora com quatro desfalques, vêm de vitória na primeira rodada, batendo o Newell’s Old Boys por 1 a 0, gol do meia Cardona, um dos expoentes da trupe de Juan Carlos Osorio, que, aos 51 anos, conta com formação profissional no futebol inglês.

A torcida é trunfo do Grêmio para embalar na Libertadores. Fugindo da rotina, Fábio Koff desceu ao gramado da Arena no treino de segunda, conversou com Enderson e mandou um recado aos fãs. Quer estádio repleto, cerca de 40 mil. Dos 25 mil ingressos colocados à venda, 13,5 mil já foram comercializados.