:: 13/jul/2014 . 8:51
Europeus citam Brasil deplorável, sem honra e miserável
Terra
A imprensa europeia fechou o caixão brasileiro após a derrota para a Holanda por 3 a 0 na tarde deste sábado, na decisão do terceiro lugar da Copa do Mundo. Depois de dias de críticas e ironias pela humilhante eliminação ao levar 7 a 1 da Alemanha, a queda ao levar dois gols em 16 minutos e sem poder de reação deixou o time em estado deplorável, sem honra, miserável e vivendo um pesadelo.
Os espanhóis pegaram mais pesado. O El País chamou a Seleção de “equipe pesadelo”, citando que “não há consolo nem perdão” para o time e que “a ferida causada pelo 7 a 1 não para de sangar. O Brasil agora é uma equipe fora de moda contra a qual já se atrevem até mesmo os árbitros que, no início da Copa, a reverenciaram”, disse a publicação, uma citação irônica ao suposto favorecimento na primeira fase do Mundial. Neste sábado, a Holanda fez dois gols em lances ilegais.
O El Mundo classificou o Brasil como “sem honra” após uma “despedida deplorável. Foi uma equipe de segunda, um brinquedo nas mãos de uma Holanda capaz de despachá-la a média força, sem querer aprofundar a ferida nacional já suficiente profunda”, citou.
Já o Marca colocou os comandados de Felipão “de castigo” no título, ressaltando: “sua bandeira segue a meio-mastro e, contra a Holanda, não conseguiu esconder sua tristeza. O sonho se tornou um pesadelo”.
Já o diário Sport afirmou que a derrota por 3 a 0 foi humilhante e que o “novo suplício” demonstra que, “sem Neymar, é pouca coisa”, “vulnerável e com medo”. O Mundo Deportivo também criticou a forma como a Seleção se comportou no gramado do Estádio Mané Garrincha, dizendo que a Holanda a fez parecer “ridícula”, “uma equipe desconexa, apesar das seis mudanças que Felipão fez desde o desastre contra a Alemanha”.
Os ingleses também foram muito críticos quanto à forma com que a Brasil encerrou o Mundial. Segunda a BBC, “a campanha teve um fim miserável”, enquanto que o Daily Mail escolheu “final devastador” para caracterizar a nova derrota. “Felipão certamente não será capaz de ‘sobreviver’ a isso. Foi acusado por 200 milhões de pessoas de escalar os jogadores errados e escolher a tática errada. Depois desta noite em Brasília, sabe-se que eles não estão totalmente errados”, disse a publicação.
O The Guardian deu opções de escolha: “crueldade intencional, indignidade desnecessária ou pura tortura? Luiz Felipe Scolari e seus jogadores podem escolher depois de perder o terceiro lugar, algo que serviria como caminho para redenção”. Os jornais italianos, por sua vez, se atentaram ao desempenho ruim no começo do jogo, sendo que o Corriere della Sera culpou até mesmo “erros e má sorte” ao identificar o time em “estado de choque”.
“Mais uma humilhação para os anfitriões”, escreveu o Corriere dello Sport, ressaltando: “para a Seleção, os dez gols em dois jogos são um pesadelo”. Por fim, a Gazzetta Dello Sport criticou “outra atuação horrível”, afirmou que “o público fez tudo para perdoá-la, contra todas as probabilidades, depois do massacre para a Alemanha” e deixou um aviso: “Brasil tem que virar a página, o treinador e a equipe. Em breve”.
Brasil despreza perdão da torcida, perde outra e sai da Copa vaiado
Gazeta Esportiva
O dono da festa saiu dela envergonhado. A Seleção Brasileira, que imaginava poder ser hexacampeã na Copa do Mundo que sedia, não conseguiu nem manter o perdão que recebeu da torcida neste sábado. O time montado por Luiz Felipe Scolari foi incapaz de terminar o torneio com o terceiro lugar e voltou a ter motivo para indignar quem esteve no Mané Garrincha ao perder da Holanda por 3 a 0 neste sábado.
A torcida que foi gritou “pentacampeão” e aplaudiu a equipe no início do jogo, só não desculpando Felipão pela humilhante derrota por 7 a 1 para a Alemanha na semifinal. Mas acabou ampliando a vaia para todos que vestiam verde e amarelo no gramado e percebeu que, sem nada a comemorar no presente, foi necessário recorrer ao passado, terminando o Mundial lembrando que só Pelé fez mil gols. Jô, substituto do criticado Fred em Brasília, não está nem chegará perto disso na carreira.
Os novos motivos para protestos não demoraram a aparecer. Antes dos dois minutos, o Brasil não tinha conseguido dominar a bola quando Robben venceu disputa pelo alto e tabelou com Van Persie para ser agarrado perto da área por Thiago Silva. Como nada dá certo para os anfitriões, o árbitro deu pênalti, que Van Persie converteu. Ainda no primeiro tempo, David Luiz tentou afastar cruzamento de De Guzmán, em posição duvidosa, e acabou ajeitando para Blind, completamente livre, fazer 2 a 0 aos 16 minutos.
A partir daí, o que se viu foi mais uma atuação vexatória pela qualidade dos comandados de Scolari, que ainda sofreram o terceiro gol nos instantes finais da partida. Não foi humilhante como uma goleada, mas serão raros os brasileiros que não saíram do estádio nesta noite sem se sentir envergonhado.
- 1