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Pensar em Espanha é pensar em um ataque envolvente, em troca de passes, em gols que brotam ao natural. Pensar na Itália é pensar em organização, em defesa sólida, em rigidez tática. Pois talvez seja hora de rever os conceitos. No jogo desta quinta-feira, no Castelão, pelas semifinais da Copa das Confederações, é a Roja quem pode se orgulhar de ter blindagem defensiva. À Itália, cabe recriar o sistema de proteção para tapar o vazamento e deixar de levar gols.

A Azzurra tem a terceira pior defesa da Copa das Confederações. Sofreu oito gols – mais do que todos os outros semifinalistas somados. A Itália foi vazada em todos os jogos da primeira fase: vitórias de 2 a 1 sobre o México e de 4 a 3 sobre o Japão, e a derrota de 4 a 2 para o Brasil. Apenas o Japão, com nove gols sofridos, e o Taiti, com 24, buscaram mais bolas nas redes.

É o contrário da Espanha. Os campeões do mundo foram vazados apenas uma vez, na estreia, na vitória de 2 a 1 sobre o Uruguai. Foi em um golaço de falta de Luís Suárez, quase uma casualidade numa partida amplamente dominada pelos europeus. Contra a Nigéria, porém, a vitória de 3 a 0 poderia ter sido mais magra. Os africanos criaram repetidas chances de gol.

Em toda a Eurocopa de 2012, a Espanha sofreu apenas um gol. E foi justamente da Itália, no empate em 1 a 1 da primeira fase. Depois, passou incólume pelo restante do torneio – 4 a 0 na Irlanda, 1 a 0 na Croácia, 2 a 0 na França, 0 a 0 com Portugal e 4 a 0 na final, outra vez contra a Azzurra.