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A eliminação do Cruzeiro para o San Lorenzo foi o item que faltava para consolidar a Libertadores de 2014 como a pior para os brasileiros na história recente da competição. Após o fiasco na primeira fase, quando o Brasil teve as inéditas três eliminações, agora o país não terá um representante nas semifinais pela primeira vez depois de 23 anos. A última ocasião em que o futebol brasileiro ficou sem times entre os quatro melhores da América foi em 1991.

Naquele ano, o Flamengo chegou às quartas de final como o único clube do país e foi eliminado pelo Boca Juniors. O Colo Colo seria o campeão. A partir de 1992, os brasileiros estiveram em todas as semis e apenas em três edições não foram finalistas – 1996, 2001 e 2004. Com a queda da Raposa, o Brasil também perde a chance de ter o quinto título consecutivo na Libertadores, algo inédito na história da competição. E quebra-se ainda a série de brasileiros na final, que durava desde 2004.

Nos últimos quatro anos, Internacional (2010), Santos (2011), Corinthians (2012) e Atlético-MG (2013) foram campeões. Caso o Cruzeiro conquistasse o tri, seria o recorde de taças consecutivas de um país no torneio – a Argentina tem dois “tetracampeonatos”, com Racing (1967) e Estudiantes (1968/69/70) e Independiente (1972/73/74/75).

Os argentinos também mantiveram o bom retrospecto diante de brasileiros. O jogo desta quarta foi o de número 170 entre os dois países pela Libertadores. Os Hermanos têm 71 vitórias, contra 67 verde-amarelas. Houve ainda 32 empates. No retrospecto envolvendo os confrontos entre os dois países em mata-matas, a Argentina também leva vantagem: 27 vezes eliminou o rival, contra 20 dos brasileiros.

O San Lorenzo terá a chance de aumentar o número de títulos da Argentina, que é de 22. O Brasil vem em seguida no número de conquistas, com 18. Depois vêm Uruguai, com oito, Paraguai, com três, Colômbia, com duas, Equador e Chile com uma.