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A Confederação Sul-Americana reservou para a Copa América Centenário, que terá início nos EUA no próximo dia 3, US$ 21 milhões em premiações. Desse montante, US$ 6,5 milhões serão pagos à seleção que levantar a taça no dia 26 de junho, no MetLife Stadium, em Nova Jersey.

A quantia total, que corresponde em reais a 75,5 milhões, é inferior ao que pagam outros grandes torneios pelo mundo e é inferior também aos valores pagos em propinas para dirigentes da confederação, em escândalo que manchou o futebol sul-americano.

Segundo investigação da Justiça dos EUA, ao comercializar os direitos de transmissão de quatro edições da Copa América (Chile-2015, EUA-2016, Brasil-2019 e Equador-2023) com a empresa Datisa, a Conmebol acertou o recebimento de US$ 462,5 milhões, sendo que US$ 110 milhões teriam sido destinados para o pagamento de propina para cartolas da confederação.

O pagamento de propinas foi uma forma de ‘facilitar’ a conclusão da negociação.

A informação foi divulgada há um ano pelo FBI, que fez um pente fino nas finanças de várias entidades do futebol e comandou um forte esquema anticorrupção, levando à prisão alguns dirigentes, como o ex-presidente da CBF, José Maria Marin.

Os US$ 110 milhões pagos em propinas por quatro edições do torneio mais antigo entre seleções correspondem a US$ 27,5 milhões pagos aos cartolas, valor superior à premiação total do torneio continental nos EUA e a 76% a mais do o futuro campeão das Américas receberá.

Para se ter ideia da disparidade nos valores, a Eurocopa da França distribuirá neste ano aos competidores US$ 335 milhões, sendo que o campeão receberá US$ 30 milhões. A última Copa do Mundo deu para a campeã Alemanha US$ 35 milhões.