Globo Esportes

É possível enxergar várias diferenças entre os dois clássicos pelas semifinais da Copa do Brasil nesta quarta-feira. O que será disputado entre Botafogo e Flamengo carrega a rivalidade local, o encontro no dia a dia, a provocação que não sai do cotidiano. Já a disputa entre Gremio x Cruzeiro tem outra conotação. O clima que cerca um e outro pode não ser determinante no comportamento dentro de campo, mas no caso do jogo doméstico sempre tem um peso.

O jogo marcado para o Nilton Santos e o Maracanã carrega uma rivalidade de décadas. Nos últimos anos, a vantagem obtida pelo Flamengo deixa este mais confiante sempre que há uma partida decisiva com o Botafogo. O histórico recente mostra a vantagem. Por causa desse otimismo que compreensívelmente toma conta dos rubro-negros, além de possuir um elenco mais qualificado do ponto de vista individual, será necessário um trabalho mental maior por parte do Botafogo.

Noto que dos três rivais do Flamengo, o Fluminense e o único que, independentemente do tamanho e da qualidade do seu time, sempre entra em campo mais confiante do que inseguro contra o Flamengo em jogos decisivos. Vejo que tanto o Botafogo quanto o Vasco não conseguem, fora e dentro do campo, o que o Fluminense alcança. Basta lembrar a final da Taça Guanabara. E a final do Campeonato Estadual tem um gol no mínimo discutível a favor do Flamengo.

Já o clássico entre Grêmio e Cruzeiro não tem o sabor do dia a dia. A ausência da cor local não tira peso e nem importância. Mas modifica o olhar do jogador. Quem anda pelas ruas de Porto Alegre não esbarra com um cruzeirense em cada esquina e quem caminha por Belo Horizonte não vê um gremista aqui e outro ali. É bobagem fazer qualquer previsão, mas se existe um time, em razão da memória recente dos confrontos, que se sente mais seguro e crente é o Flamengo.