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Tite foi mantido como técnico da seleção depois da eliminação na Copa de 2018 com o desafio de rejuvenescer o elenco que fracassou diante da Bélgica, mas onze meses depois da derrota na Rússia e às vésperas da estreia na primeira competição do ciclo para o Mundial do Catar, a renovação ainda não foi vista. Dos prováveis titulares para o jogo de abertura da Copa América, contra a Bolívia, sexta-feira, sete jogadores estiveram na Rússia. Ou seja, a seleção brasileira deve iniciar a Copa América com mais cara de 2018 do que em uma versão 2019.

Desde a Copa, Tite convocou 44 jogadores, dos quais 24 não estiveram na Rússia e 11 estrearam na seleção. Mas, de toda essa peneira, poucos nomes ganharam espaço efetivamente. Logo depois da Copa, a comissão técnica estabeleceu um plano com etapas até o Mundial de 2022. A Copa América é a segunda fase desse processo. A primeira, que foi até os amistosos de março, previa “descobrir” jogadores que poderiam disputar a Copa América, mas essas descobertas foram tímidas.

A renovação comandada por Tite tem Richarlison e David Neres como protagonistas. O primeiro soube aproveitar a oportunidade e conquistou o seu espaço. Já David Neres ficou com a vaga de titular depois da lesão sofrida por Neymar, cortado da lista da Copa América na semana passada.

Outro nome da nova geração é o volante Arthur. O jogador, no entanto, levou uma pancada no joelho direito no amistoso com Honduras, domingo, não participou dos últimos dois treinos e pode não atuar diante da Bolívia. A CBF tem até a noite de amanhã para comunicar à Conmebol um possível corte de Arthur da lista da Copa América.