Fonte: Atarde Online


Estádio Otávio Mangabeira (Fonte Nova) está desativado
desde o acidente de 2007 que teve 7 mortes

A previsão de gastos para a construção da nova Fonte Nova caiu em R$ 89 milhões com a aprovação de um projeto na Câmara de Vereadores de Salvador. A medida, formalizada em uma emenda proposta pela oposição do prefeito João Henrique depois de uma articulação do governo do Estado, garante a isenção do ISS (Imposto Sobre Serviço) para as empresas que irão reformar o estádio. Com isso, o investimento cai de R$ 639 milhões para R$ 550 milhões.

Os R$ 89 milhões deixam de ser arrecadados pelos cofres públicos, mas a diminuição do valor serve para viabilizar o investimento do setor privado no empreendimento. O edital deve ser lançado ainda este mês como uma PPP (Parceria Público Privado), quando Estado e empresas fazem os investimentos.

A emenda faz parte do projeto de lei também aprovado ontem que desobriga a Fifa (Federação Internacional de Futebol) e as entidades vinculadas à organização da Copa 2014 do pagamento de vários impostos. São eles: IPTU (Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana), ITIV (Imposto sobre a Transmissão Intervivos de Bens Imóveis), além do ISS e de taxas municipais.

O projeto é uma exigência da Fifa aplicada a todas as 12 cidades-sedes e o Legislativo de Salvador foi o último a aprová-lo. Vereadores da própria base do prefeito colocavam dificuldade para aceitar a matéria, em tramitação desde fevereiro. Mas eles se reuniram no início da semana com o secretário de governo de João Henrique, João Cavalcante, e definiram pela aprovação.

Na sessão desta quarta, 2, o vereador Henrique Carballal (PT), ao saber que o prefeito distribuiu dois convites do Cirque de Soleil para o vereadores da situação, chegou a insinuar uma possível “compra de voto”. “Quero que se averigue se o prefeito está distribuindo ingressos. E se for confirmado, pode ser tipificado como compra de voto”, disse, em solicitação à Mesa Diretora. Ele ainda citou o caso do prefeito de Camaçari, Luiz Caetano (PT), que chegou a ser preso por ter sido “apenas“ convidado por uma empreiteira para curtir carnaval de camarote.