Globo Esportes

Futebol é dinâmico. A frase é um dos maiores clichês do esporte, mas reflete com precisão o momento em que Barcelona e Chelsea entram no Camp Nou, nesta terça-feira, às 15h45m (de Brasília), para decidirem uma vaga na decisão da Liga dos Campeões da Europa. Como num estalar de dedos, a realidade de ingleses e catalães mudou de uma hora para outra, e só a classificação para a partida do dia 19 de maio, em Munique, definirá o que é real ou ilusório no panorama atual.

Campeão de 13 dos 16 campeonatos disputados nas últimas três temporadas e aclamado como melhor time do mundo, o Barça tem pela frente um raro momento de pressão sob o comando de Pep Guardiola na busca pelo pentacampeonato continental. Não conseguir reverter a vantagem conquistada pelos ingleses no 1 a 0 da partida de ida representa prolongar um pesadelo que começou no último sábado, com a iminente perda do título espanhol para o Real Madrid. E nem mesmo o título da Copa do Rei, onde disputa a final contra o Athletic Bilbao, evitaria a associação do time de Messi com a palavra fracasso na temporada 2011/2012.

Já o Chelsea vive opinião completamente oposta. Podendo empatar ou até perder por um gol – desde que balance as redes – para alcançar a segunda final de Champions de sua história, os Blues, que já estão na final da Copa da Inglaterra, vivem um momento inimaginável no ápice de crise interna que resultou na demissão de André Villas-Boas, há pouco mais de dois meses. Além disso, jogadores como Lampard, Drogba e Terry, que tiveram o ciclo dado como encerrado por Roman Abramovich na ocasião, triunfariam, enfim, na competição que é sonho de consumo do magnata russo.