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O levantamento dos débitos do Fluminense junto a órgãos federais esbarra numa questão administrativa: a falta de informação junto a Receita Federal, de quem na atualidade está no comando do clube. Esta situação complica o trabalho de uma comissão de conselheiros formada para apurar o total da dívida existente e informar ao Conselho Deliberativo, para que seja adotadas medidas referentes ao futuro da agremiação. Foi estabelecido um prazo de 45 dias para a realização deste trabalho, mas até o momento o processo se encontra “emperrado”.

De acordo com o conselheiro Mizael Freitas, integrante da comissão, houve um levantamento preliminar do débito, porém o grupo não teve acesso a informações oficiais por conta da situação irregular de reconhecimento dos atuais dirigentes. “Houve a eleição e não foi encaminhado para a Receita Federal o Documento Básico de Entrada (DBE) junto com a cópia da ata de eleição da nova diretoria. Isto significa que para a Receita, Luiz Paolilo Filho, eu e
José Francisco Pinto, ainda somos diretores, mas não é verdade”, explica.

Mizael Freitas disse que esteve acompanhado do presidente Rubem Cerqueira na Receita Federal e ficou constatado o impasse. “O presidente não poderia solicitar o documento porque não existe o DBE informando da sua eleição e por outro lado nós não podemos solicitar o documento porque não somos mais dirigentes. Agora para que se tenha prosseguimento ao processo vai ter que ser providenciada a documentação para que seja dada entrada na Receita e aí aguardar os devidos encaminhamentos”, informa.

O ex-dirigente considerou absurda esta situação no Fluminense. “Ora se a eleição ocorreu há pouco mais de 1 ano, por que nunca se deu entrada nesta documentação na Receita Federal? É lamentável porque nós temos prazos a cumprir e o clube precisa prosseguir a sua vida. Só resta aguardar por parte do presidente do Conselho Deliberativo (Everton Cerqueira), que providências sejam adotadas imediatamente”, criticou Mizael Freitas.