:: 21/jun/2014 . 9:52
1ª fase desenha mata-mata com pedreira para Brasil e moleza para Argentina
Uol
Os resultados da primeira fase e a atual classificação dos grupos já apontam que a seleção brasileira pode encontrar um caminho bem difícil no mata-mata, caso confirme o favoritismo e avance na competição na semana que vem. Há a possibilidade de, confirmando-se os prognósticos, o Brasil enfrentar Itália ou Uruguai nas quartas, e França ou Alemanha nas semifinais.
Por outro lado, a Argentina, classificando-se em primeiro de seu grupo, poderá ter um caminho muito mais suave, sem enfrentar nenhum campeão mundial até a finalíssima. O adversário com maior tradição que cruzaria seu caminho seria a Holanda.
Esse era um cenário já previsto logo depois do sorteio que definiu os grupos da Copa, ainda no ano passado. Mas a tendência se intensificou com a eliminação precoce da Espanha e a ascensão da surpreendente Costa Rica.
Para entender como ocorre o chaveamento até a final, basta imaginar dois ramos de seleções classificadas em seus grupos que se eliminam mutualmente, até que no dia 13 de julho, as duas que sobrarem de cada ramo disputam a final.
No primeiro ramo, estão os líderes dos grupos A (hoje o Brasil), C (Colômbia), E (França) e G (Alemanha). Esses times enfrentam nas oitavas os segundos colocados dos outros grupos.
No segundo ramo, a coisa se inverte. Os líderes dos grupos B (hoje Holanda), D (a zebra Costa Rica), F (Argentina) e H (Bélgica) enfrentam os segundos colocados dos demais grupos. Nesse cenário, a Argentina despontaria como a única campeã mundial nesse ramo do chaveamento.
Já classificados para o mata-mata, Chile e Holanda jogarão para decidir quem será o líder do grupo. Se a Holanda perder, ela entra no caminho do Brasil, tornando o caminho dos donos da casa ainda mais pedregoso.
Mas se os holandeses confirmarem o favoritismo, seriam os chilenos os rivais do Brasil nas oitavas de final. Mesmo jogando um futebol vistoso, e mostrando uma aplicação tática e técnica que ajudou a eliminar os atuais campeões do mundo, o Chile é um tradicional freguês do Brasil e já coleciona duas eliminações nas últimas Copas para a seleção.
Se o futuro repetir o passado, o Brasil avançaria para enfrentar nas quartas Itália ou Uruguai (admitindo que um dos campeões mundiais tenha passado nas oitavas pela Colômbia, líder do grupo B). Seria provavelmente um jogo duro, um clássico, embora a seleção também tenha um passado recente de sucesso contra os rivais.
Se passar, o Brasil teria uma semifinal com cara de final contra a Alemanha, no caso de a Alemanha ter superado a França na fase anterior. E se pegar a França, o Brasil teria de jogar também contra os próprios fantasmas, conjurados por seus tradicionais carrascos em Mundiais.
Não se pode duvidar da capacidade de surpreender desta Copa-2014. Mas, se tradição tem algum peso no futebol, a Argentina terá um caminho tranquilo até o Maracanã. A começar pelas oitavas, onde o adversário seria o Equador ou a Suíça (mais provavelmente a Suíça, que jogará sua classificação contra a frágil Honduras).
Passando pela Suíça, os argentinos teriam nas quartas a Bélgica ou os Estados Unidos, dois países sem grande tradição no futebol mundial. Só nas semifinais, a equipe de Lionel Messi encontraria um rival um pouco mais à altura: a Holanda, atual vice-campeã mundial. Ou nem isso. Se a Holanda ficar em segundo de seu grupo, ela sai do caminho da Argentina e bota o Chile, que em tese, seriam um rival mais tranquilo para os hermanos.
É claro que a projeção é apenas um prognóstico. E esse Mundial já se provou um terror de prognósticos. Ou seja: tudo pode acontecer e qualquer previsão pode ser desafiada. Que o digam Espanha e Costa Rica.
Curitiba vira ‘pequena Quito’ e Equador bate Honduras e segue vivo
Gazeta Esportiva
Sentindo-se totalmente em casa, o Equador se reabilitou na Copa do Mundo 2014 e venceu Honduras por 2 a 1, na Arena da Baixada, em Curitiba, mantendo viva a chance de classificação para a próxima fase e deixando o adversário apenas com chances matemáticas de seguir. Com as arquibancadas coloridas de amarelo e azul, alguns poderiam até confundir o país, mas, nesta sexta-feira, não era dia de Brasil.
Em maior número, os equatorianos começaram a festa cedo pelas ruas de Curitiba e não fizeram diferente dentro do estádio, transformando as arquibancadas em uma pequena Quito, com muita disposição para cantar. “Sí, se puede’ eram as palavras de quem mantinha a esperança mesmo com a derrota na estreia para a Suíça. O time retribuiu fazendo o aquecimento bem pertinho e interagindo.
A onda azul e branca também não decepcionou, com hondurenhos empolgados, tentando compensar o menor número com muitos gritos e bandeiras tremulando, seja na esplanada em frente à Baixada, sejam espalhados pelas arquibancadas em diferentes pontos. Mas nada parecido com os sul-americanos.
Horas antes da partida, já chamava a atenção também uma mudança na postura da polícia militar, que fechava o perímetro em volta da Arena. Mesmo quem estava com credencial era parado para conferir foto e o que iria fazer na área. Desta vez, apenas torcedores com ingresso nas mãos e moradores cadastrados conseguiam passar pelo pente fino, salvo rara exceções. Tudo pelo medo de invasão.
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