Santa Cruz é campeão pernambucano
Diário de Pernambuco
Você, tricolor, que ler esse texto saiba. Nenhum outro torcedor coral, em qualquer época, viu uma geração tão vitoriosa quanto a sua. A geração “papapa” agora é papa títulos. Uma semana após levantar a Copa do Nordeste, o Santa Cruz, com um time que faz jus ao coro da arquibancada ao ser chamado de “guerreiro” segurou o 0 a 0 neste domingo contra o Sport, faturando o bicampeonato pernambucano, o quinto título nos últimos seis anos, o quarto em cima do Sport, o terceiro na Ilha do Retiro. Somando também a conquista da Série C, em 2013, são sete títulos desde 2011. A sala de troféus do Arruda precisará ser ampliada. Na atual década nenhum outro clube do Estado fez o que o Santa fez. Hegemônico em Pernambuco..
Para a decisão, onde qualquer falha pode custar o campeonato, os dois treinadores foram conservadores nas escalações. Pelo lado rubro-negro, Oswaldo de Oliveira repetiu a mesma formação que iniciou o jogo de ida, no Arruda, mantendo Everton Felipe no time e deixando Túlio de Melo e Lenis, recuperado de virose, como armas para o decorrer do jogo. Já o tricolor Milton Mendes, trabalhando com a vantagem do empate, optou pelo volante de contenção Wellington Cézar para substituir o lesionado João Paulo, cérebro e coração do time. E o primeiro tempo seguiu o script imaginado, com o Leão buscando pressionar e os corais apostando na construção de um contra-ataque mortal.
Ao Sport, no entanto, faltou corrigir um defeito que vem perseguindo o clube por toda a temporada. Transformar a maior posse de bola em algo concreto, em perigo de gol. Algo que Mark Gonzalez, Gabriel Xavier e Everton Felipe não conseguiram. Além disso, os donos da casa confundiram em alguns momentos motivação com nervosismo. Exemplo disso foi o cartão amarelo recebido por Luiz Antônio ainda aos cinco minutos de jogo ao empurrar Lelê pelas costas, após o tricolor chutar uma bola em cima de Everton Felipe, caído no chão. O lance poderia custar a expulsão do volante rubro-negro, que passou a atuar pendurado.
Já o Santa, sem o seu maestro, buscou atacar sempre que possível, principalmente apostando no lado esquerdo da defesa rubro-negra, falha na marcação com Renê e Mark González. Mas também pouco produziram efetivamente com bolas trabalhadas. Assim, as melhores chances de um truncado primeiro tempo vieram em cobranças de faltas. Na melhor delas, Danilo Fernandes defendeu chute de Tiago Costa, quase no ângulo. Nos minutos finais do primeiro tempo, o Santa ainda perderia Lelê, lesionado. Wallyson foi acionado