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Depois de um primeiro turno avassalador em 2017, o Corinthians emendou uma amarga sequência de apenas duas vitórias em 12 partidas no Brasileiro. Poderia ter sido uma derrocada histórica, mas o Grêmio, até então principal perseguidor, contrariou o discurso padrão, escalou reservas em diversos momentos e priorizou a Libertadores, da qual se sagraria campeão. A primeira experiência no atual formato da competição continental, ocupando toda a temporada.afetou inegavelmente o Brasileirão.

O cenário de 2018 é ainda mais ameaçador, e pode colocar a liga brasileira em segundo plano. A edição da Libertadores é a mais “pesada” e competitiva da história, com 16 dos 25 clubes que já levantaram a taça na história da da competição participando. O calendário das equipes ainda estará espremido pela pausa para a Copa do Mundo, e o Mundial da Rússia deve afetar jogadores convocados e seus clubes tanto na fases de preparação como na recuperação após a competição.

Chamada há anos de “caminho mais curto para a Libertadores”, a Copa do Brasil também vai demandar atenção especial: o campeão pode levar até R$ 68 milhões em premiações (o Corinthians recebeu R$ 18 milhões pelo Brasileiro 2017). Na era de pontos corridos, os obstáculos para que o campeonato nacional se mantenha emocionante e competitivo até o fim nunca foram tantos, e o Brasileirão, mais do que nunca, pode não ser a prioridade de todos.