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Os tradicionais quatro anos de demorada esperada chegaram ao fim, e a bola enfim vai rolar para dar início à Copa do Mundo da Rússia. Começa nesta quinta um Mundial que tem a inovação como ponto forte – desde o seu local de realização até a incorporação da tecnologia no futebol de forma nunca antes vista na história do torneio. A primeira Copa no Leste Europeu será inaugurada por um duelo pouco chamativo, entre a seleção anfitriã e a Arábia Saudita, às 12h (de Brasília), no Estádio Lujniki.

A Copa do Mundo deixou para trás o Brasil – onde já havia desembarcado em 1950 – para chegar à Rússia pela primeira vez. O país-sede inédito deu ao torneio a oportunidade de ultrapassar uma barreira histórica e ser realizado na parte oriental da Europa, continente que mais recebeu Mundiais ao longo da história e abrigará a competição pela 11ª vez. E local de realização trará ao evento esportivo um cara bem diferente.

Nos 12 estádios espalhados em 11 cidades diferentes ao longo do território russo, o alfabeto cirílico usado no país e o idioma certamente darão um pouco mais de trabalho para os visitantes, que poderão conhecer uma cultura que por muito tempo esteve exatamente do lado oposto ao Ocidente, no período da Guerra Fria. As seleções viajarão entre locais que vão desde a capital Moscou, com cultura futebolística vasta e quatro clubes tradicionais no país, até Kaliningrado – que fica fora da extensão territorial da Rússia, localizada entre a Polônia e Lituânia.

Apesar de estar sendo realizada em uma região inédita, a Copa de 2018 tem como inovação mais chamativa – e polêmica para muitos – o uso definitivo da tecnologia nos gramados. Há quatro anos, no Brasil, a Fifa decidiu dar um passo importante neste caminho ao adotar a tecnologia da linha do gol, mas, na Rússia, avançará bastante nesta trajetória ao dar espaço ao sistema do árbitro assistente de vídeo (VAR, na sigla em inglês).