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Doze anos depois de viver a esperança de um quadrado mágico campeão da Copa do Mundo, o Brasil de Tite volta a depositar as suas fichas em um time com quatro jogadores muito ofensivos. Se, em 2006 Parreira escalou uma seleção com Kaká, Ronaldinho, Ronaldo e Adriano, em 2018 Tite escolheu uma linha de frente com Philippe Coutinho, Willian, Neymar e Gabriel Jesus, escalação confirmada nesta quarta. A opção do comandante reedita o mesmo dilema da época: será que o time é firme defensivamente?.

Existe uma grande diferença entre as duas equipes, muito por conta da evolução tática do futebol. Há mais de uma década, era comum que a responsabilidade de marcação ficasse muito mais com os dois volantes, com os meias responsabilidade de marcação ficasse muito mais com os dois volantes, com os meias responsáveis apenas por um primeiro combate. Hoje, com Tite, Gabriel Jesus tem muito mais responsabilidade defensiva que tinham os camisas 9 daquela época, e isso se estende aos seus companheiros.

Durante os treinos, o técnico sempre repete a importância que tem a volta de Willian, Neymar e Philippe Coutinho. Os dois primeiros acompanham a primeira saída do adversário pelas pontas e protegem os laterais, enquanto o terceiro tem a responsabilidade de “fechar pelo meio”, como diz o jargão do futebol, alinhado a Paulinho no sistema 4-1-4-1.

Pelo menos por enquanto, tem dado certo. O Brasil com o atual treinador tem 21 jogos, com 17 vitórias, três empates e só uma derrota, com apenas cinco gols sofridos.